A morte de uma criança no Hospital Geral da Paraíba, pertencente ao Hapvida, mostrou a força das redes sociais para gerar comoção. A postagem feita pelos pais da Naielly Gonçalves foi feita dia 09 de maio no Facebook e já teve mais de 8.500 compartilhamentos.
A suposta negligência dos médicos do grupo Hapvida foi denunciada pelos pais da criança, que consideram que o diagnóstico errado prejudicou o tratamento da criança e sua cura. A criança teria morrido diagnosticada com pneumonia, mas por mais de um mês o problema foi considerado pelos médicos como virose e alergia.
Após divulgação, o caso recebeu uma grande repercussão e a postagem da mãe de Naielly já foi compartilhada mais de 8.500 vezes. Um vídeo publicado também pela mãe da criança acompanhando a publicação já teve 185 mil visualizações.
De acordo com Stephany Gonçalves, mãe de Naielly, desde o início do mês de março ela frequentava a urgência do hospital da Hapvida com sua filha. A criança tossia muito e os médicos diagnosticaram que se tratava de uma alergia. Depois disso, ela passou também a parar de comer e vomitar com frequência, sendo que os médicos permaneceram com o diagnóstico inicial.
Logo em seguida a criança começou a sentir febre muito alta e o diagnóstico passou a ser virose, sendo que os médicos receitaram remédios e a mandaram de volta para casa. Stephany relata que quatro dias após o diagnóstico de virose, foi novamente ao hospital para dar entrada com a criança desmaiando em seus braços sem conseguir respirar.
Só aí Naielly foi colocada em observação e após exames, que não tinham sido solicitados até então, os médicos diagnosticaram uma pneumonia com grau muito avançado. O pulmão esquerdo da criança já estava comprometido, o que gerou uma infecção no sangue.
“Em menos de 24 horas de internação ela foi para a UTI, teve várias paradas cardio respiratória, os rins pararam, ela fez 5 sessões de hemodiálise, fez cirurgias, e no dia 11/04 ela veio a óbito”, relatou a mãe da criança em depoimento publicado nas redes sociais.
O Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) já instalou processo para apurar suposta negligência médica de um hospital vinculado ao grupo Hapvida que, por erro em diagnóstico, provocou a morte de uma criança de apenas dois anos de idade em abril último na cidade de João Pessoa.
A denúncia, também foi feita no Coren-PB. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Enfermagem na Paraíba, Ronaldo Bezerra, os pais de Naielly também protocolaram denúncia no Coren. “Inclusive já nomeamos um relator para apurar a denúncia”, revelou Ronaldo Bezerra.
De acordo com ele, se na investigação preliminar apontar culpa, erro ou negligência de profissionais será instaurado procedimento da denúncia e, em seguida, procedimento ético.
Segundo a denúncia, um diagnóstico errado provocou a morte do bebê. “A criança teria morrido diagnosticada com pneumonia, mas por mais de um mês o problema foi considerado pelos médicos como virose e alergia”, declarou a mãe na postagem.
Ainda segundo o presidente do Coren-PB, o hospital da Hapvida sofreu uma fiscalização e foi constatado que o número de enfermeiros é insuficientes na atender a demanda. “O Conselho de Enfermagem recomendou a contratação imediata de enfermeiros”, revelou Ronaldo Bezerra acrescentado que o problema do hospital se resume a uma questão de pessoal. “Na parte estrutural, o Corem não encontrou nenhuma anormalidade”, destaca.
Confira a postagem de Stephany Gonçalves relatando o caso:
Meu nome é Stephany, durante 2 anos e 3 meses fui mãe da pequena Naielly, um bebê saudável, que nunca havia sido internada em um hospital.
Hoje dia 09/05 faz 29 dias que minha filha veio a óbito por negligência médica.
Desde o dia 02/03 eu ia com frequência a urgência do hospital da Hapvida com a minha filha tossindo muito e os médicos sempre diagnosticaram como alergia, a minha filha parou de comer, vomitava e chorava muito e eles continuavam dizendo que era alergia, nós pedimos para que eles fizessem exames e eles diziam que não havia necessidade, que era apenas alergia, ela começou a apresentar febre muito alta e eles disseram que era virose, passaram remédio e mais uma vez nos mandaram para casa, 4 dias depois dei entrada no hospital novamente e minha filha estava desmaiando nos meus braços, não conseguia respirar e eles colocaram a minha filha na observação, ela fez exames e diagnosticaram que ela estava com um grau muito avançado de pneumonia o pulmão esquerdo dela já estava todo comprometido e havia gerado uma infecção no sangue a SEPSE, eles ainda manteram minha filha mais de 24 horas na observação.
Quando finalmente foi internada não aparecia nenhum médico no quarto, a minha filha estava desmaiando o tempo todo, eu dizia a enfermeira e ela dizia que eu estava enganada que minha filha só estava cansada.
Em menos de 24 horas de internação ela foi para a UTI, teve várias paradas cardio respiratória, os rins pararam, ela fez 5 sessões de hemodiálise, fez cirurgias, e no dia 11/04 ela veio a óbito.
Por uma Pneumonia não diagnosticada por preguiça médica, por acharem que sabiam de tudo.
Agora eu estou sem a razão da minha vida.
Nós começamos a solicitar do hospital o histórico da minha filha no hospital e eles não nos entregam, fomos ao ministério público pedir que eles tomassem providência e o hospital só entregou metade da documentação, vai fazer um mês que estou sem minha filha e tudo que eu quero é justiça, mais tenho que esperar o histórico que comprova as entradas dela no hospital e o hospital de nega a entregar.
Por favor, me ajudem a fazer justiça pela minha filha
Por favor compartilhem o máximo que poder, me ajudem a fazer justiça!
Fonte: Polêmica Paraíba