Debate na Sanhauá: Candidatos respondem perguntas sobre mobilidade, educação, saúde e segurança no 1º bloco

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Os candidatos ao Senado Federal pela Paraíba participam na tarde desta sexta-feira, 29, do debate na Rádio Sanhauá e por ordem de sorteio os postulantes formularão e responderão perguntas aos concorrentes cumprindo regras estabelecidas em reunião com a direção da emissora e representantes das coligações partidárias.

A mediação é do jornalista Antônio Malvino e após os cumprimentos dos postulantes teve início o debate. Cada candidato terá um minuto para perguntar, o tempo para a resposta é de dois minutos, a réplica tem um minuto e trinta segundos para a tréplica.

No primeiro bloco de perguntas, o candidato do PTC, Walter Brito perguntou à candidata Leila Fonseca (PROS) sobre a opinião dela acerca da violência na Paraíba, de acordo com pesquisas que comprovam o alto número de assaltos e assassinatos. Leila disse que a Paraíba ocupa o terceiro lugar no ranking de homicídios e afirmou que como senadora que investir na valorização dos profissionais com pagamento digno para os profissionais e destacou o pagamento para policiais, além de destacar a implementação de políticas sociais e motivação para os policiais trabalharem cada vez mais. Na réplica, Brito disse que o governo tem que valorizar os policiais equipando-os e pagando melhores salários aos profissionais. Na tréplica, Leila disse que lutará com muita forla de vontade no senado para mudar a realidade do estado.

O segundo a perguntar foi Wilson Santiago (PTB) que perguntou a Lucélio Cartaxo (PT) sobre projetos e moradia e o que ele tem de propostas para aumentar o número de casas na Paraíba. O petista disse que fica a vontade para falar sobre o assunto porque o PT tem realizado um bom trabalho nesse setor para reduzir o déficit de moradias no Brasil e disse que em oito anos de mandato é possível trabalhar bastante nesta área, ele citou projetos de parcerias entre o Senado e prefeituras, além de destacar a necessidade de habitabilidade com construção de escolas, PSF’s e Creis. Na Réplica, Santiago falou que foi um dos relatores do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e disse que enquanto parlamentar federal pesquisou as fontes de renda para que o projeto de habitação popular fosse posto em prática. Lucélio disse que Santiago quer passar a impressão de que é responsável pelo funcionamento do programa, quando tudo é mérito do PT.

Leila Fonseca perguntou a Wilson Santiago e o questionou sobre valorização dos professores da rede estadual de ensino e os salários pagos para quem está em sala de aula e os aposentados. O candidato do PTB disse que desenvolveu um importante trabalho para criação de novos campi da Universidade Federal da Paraíba e Instituto Federal, além de destacar projetos de valorização dos profissionais e reafirmar seu compromisso com a educação e a qualificação profissional. Na réplica, Leila acusou Wilson de não saber qual a função de senador e disse que criar instituições compete ao poder executivo. Na tréplica, Santiago disse que pode propor emendas para ampliar o número de instituições na Paraíba.

Nelson Júnior (PSOL) perguntou ao peemedebista José Maranhão sobre projetos para resolver os problemas na saúde do estado e citou vários problemas enfrentados pela população e profissionais. Maranhão destacou o trabalho que desenvolveu enquanto esteve a frente do governo e citou a construção de doze hospitais na Paraíba; ele lamentou a falta de modelos que atendam à necessidade das pessoas e falou sobre a falta de médicos, estrutura e plano de cargos e salários para os médicos federais e estaduais. Para Maranhão o Sistema Único de Saúde não funciona como deveria e destacou que os estados federados e os municípios são responsáveis pelos problemas graves enfrentados pelos paraibanos. A réplica de Nelson Júnior citou a necessidade de planos para os demais profissionais de saúde, “não apenas os médicos’. Maranhão disse, na tréplica, que sempre valorizou os profissionais e enquanto governador destinou mais verbas em saúde por entender a necessidade dos paraibanos.

Rama Dantas (PSTU) perguntou a Walter Brito sobre os projetos para amenizar os efeitos da seca na Paraíba, principalmente da transposição do Rio São Francisco. Brito disse que, como senador, vai garantir a continuidade e a conclusão da transposição do Rio São Francisco para “salvar a Paraíba” do sofrimento da seca e citou os concorrentes que já ocuparam a vaga de senador e “nada fizeram para resolver os problemas”. Rama disse na réplica que a transposição não vai resolver os problemas com a seca na Paraíba e disse que o projeto só beneficia os donos de agronegócios. Na tréplica, Brito disse que o projeto é benéfico e vai lutar para a conclusão do projeto.

Lucélio Cartaxo perguntou a Rama Dantas sobre a necessidade de reforma política e quais são as propostas dela para isso. Rama disse que propõe o fim do Senado por achar que o parlamento não representa hoje os interesses dos trabalhadores, ela destacou que muitos projetos são aprovados no Senado e não saem de lá para trazer melhorias aos brasileiros, além disso, Rama citou a exclusão de Radical nos debates políticos por falta de representação no Congresso Nacional. Na réplica, Lucélio disse que seu projeto para a reforma política para pelo financiamento público de campanha para democratizar o processo e o acesso às campanhas mais justas trazendo igualdade ao processo eleitoral. Rama treplicou dizendo que Lucélio deveria defender a democracia, inclusive, com o nome de Radical nos debates.

José Maranhão perguntou a Nelson Júnior sobre projetos de mobilidade urbana e destacou o uso da BR-230 como via urbana na região metropolitana de João Pessoa. Nelson respondeu que pensa neste tema em um contexto mais amplo e citou os aspectos ambientais para melhorar a circulação de veículos; para ele, cortar arvores não resolve o problema e acusou o governo federal de facilitar a compra de carros sem pensar em melhorias no trânsito e criticou a falta de ciclovias e políticas públicas para que as pessoas escolham não sair de carro de sus casas. Maranhão replicou dizendo que os cidadãos não têm acesso às calçadas em João Pessoa e citou a dificuldade de mobilidade para pessoas com necessidades especiais e disse que é importante pensar no básico como o nivelamento das calçadas, “antes de pensar em projetos sofisticados”. Na tréplica, Nelson Júnior disse que Maranhão teve a oportunidade de fazer mais pelos paraibanos e não fez quando estava a frente do governo estadual.

 

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