De papas e vestais

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Marcos Tavares

Foi-se a última vestal brasileira. Até o sisudo ministro Joaquim Barbosa acabou na vala comum dos suspeitos acusados de criar empresa fantasma para ter vantagens na compra de um apartamento nos ‘States’. Ficamos, pois como a casa de Maria Machadão, onde umas são de fato e o resto é suspeita. Mas não há de ser nada. Nossa presidente, Dilma – a búlgara – aproveitou a vinda do Papa e tacou elogios no governo petista sabendo-se salva das incômodas vaias. O Papa até hoje tenta entender de qual país ela estava mesmo falando.

Sua Santidade faz sucesso. Aliás, nós temos uma queda por Papas desde que João de Deus beijou nossa terra. Infelizmente não temos nem um papa nem um Nobel no currículo, mas isso é consertável, afinal Lula começou a escrever para os americanos. Com a presença papal, a polícia ficou ainda mais light e o Brasil é o único lugar onde o cidadão reclama porque a polícia não espanca, não tritura. Saudade não tem idade e um belo dia o pau vai cantar de novo.

Os médicos são contra o Ato Médico aprovado por Dilma, contra a vinda de colegas estrangeiros e contra o programa ‘Mais Médicos’ da mesma gestora. São contra tudo, mas não propõem saídas novas como, por exemplo, cumprir o horário integral de trabalho. Nem o PT quer plebiscito. Aliás, o que o PT quer mesmo é que o povo volte pra casa, que se passe uma borracha nesses últimos e tensos dias e que Lula retorne glorioso como um dom Sebastião caboclo.
Terceira Via
A eleição de prefeito parecia polarizada entre Maranhão e Estelizabel. Correndo por fora chegou Cartaxo como uma terceira opção, um nome novo ainda sem desgastes que caiu no gosto do povo.
Essa é a base que levanta a ideia de uma terceira via para a eleição de governador do estado, um nome sem o cansaço e o embaraço que já trazem na sua história Ricardo Coutinho e Veneziano Vital.
Encontrar esse nome, que seja leve, mas tenha densidade para comover o eleitorado e que, principalmente, se encaixe em uma das legendas existentes é o problema maior.
Mas como existe tempo, a busca por esse nome continua sem cessar.

Ministerial
Aguinaldo Ribeiro até poderia ser esse nome, mas tem o senão de trazer seu currículo atrelado à presidente Dilma que despenca dia a dia nas pesquisas.
Assim sendo, a oposição não poderia se aliar com Aguinaldo sem ser chamada de traidora e Coutinho continuaria a ser o nome da oposição.
Não bastasse isso, o nome de Aguinaldo começa a ser arranhado pela questão do Jampa Digital, onde ele não surge como indiciado, mas não deixa de ter sua parcela de responsabilidade.
Até mesmo porque em política a versão vale mais que o fato.

Lamaçal
O primeiro debate sobre a instalação de uma CPI para apurar o Jampa Digital terminou na maior baixaria. Foi a hora em que os fantasmas saíram das masmorras, inclusive fantasmas de antigos pescadores. Coisa feia!

Por Fora
O gesto de abrir as contas adotado pelo vice Rômulo Gouveia foi teatral e de efeito.
Mas não leva a nada. Caixa dois não passa pela conta do candidato e muito menos deixa rastros bancários…

Saideira
Se levarem mesmo o terminal de combustível de Cabedelo para Suape pode-se decretar a falência do porto.
Ele somente vai receber brisa marinha.

Espinhos
O deputado Luiz Couto é espinhoso. Tão espinhoso que até mesmo em campanha ele não quebra as arestas.
Ele se acha conduzido por um poder divino que o coloca acima dos companheiros de legenda.

Baque
Eike Batista é emblemático de um Brasil eufórico que agora de encontra cara a cara com a realidade.
Nem Eike nem o Brasil esperavam esse encontro.

Saudades
“Chora sanfoninha, chora, chora”. Morre o sanfoneiro Dominguinhos, um dos talentos dessa raça.
Deixa um vácuo difícil de ser preenchido.

Frases…

Legal – Se dá dinheiro, é ilegal!
Saboroso -Se é gostoso, engorda!
Prazeroso – Se dá prazer, é imoral!