O MyWebDay, sistema que a Odebrecht usava para gerenciar a contabilidade das propinas que pagava, não foi até hoje acessado pelo Ministério Público Federal. A afirmação, do procurador Deltan Dallagnol, foi feita à Justiça em resposta aos advogados de Lula, que querem conhecer o explosivo material.
A CASA CAIU
A descoberta do arquivo-bomba, quando uma funcionária do departamento de propinas da empreiteira foi presa, causou furor em 2016 –e empurrou a Odebrecht para a delação. Na época era tido como certo que o software mostraria ordens de pagamentos não apenas a políticos mas também a integrantes do Judiciário, da diplomacia e de tribunais de contas, por exemplo.
A CHAVE SUMIU
Segundo Dallagnol, a Suíça, onde as informações foram armazenadas, nunca compartilhou os dados. Hilberto Mascarenhas, diretor da Odebrecht, afirmou que tinha a chave de acesso ao sistema. Mas depois voltou atrás e disse que se desfez dela. Até o DoJ, departamento de Justiça dos EUA, se envolveu na tentativa de abertura do dispositivo. Mas ele é aparentemente inviolável.
LUZ DO SOL
O mistério do arquivo virou mais um motivo de discórdia entre Dallagnol e os defensores de Lula. Eles insistem que o MP tem o material. E querem acessá-lo porque acreditam poder reforçar a tese de que Lula não recebeu dinheiro da empreiteira.
ANEXO
As poucas planilhas do MyWebDay que aparecem em algumas delações estariam em correspondências antigas trocadas entre diretores da empresa.
TRILHO
A JBS voltou a contratar funcionários –cerca de 500– para suas unidades em Mato Grosso do Sul. Os abates da empresa estariam caminhando para a normalidade, com 135 mil bois por semana.
TROCA DE PELE
O ator e músico André Frateschi fez show em homenagem a David Bowie na quinta (3) com a banda Heroes, da qual faz parte a atriz e cantora Miranda Kassin. A editora Cris Falcão, o músico Theo Van Der Loo e a empresária Andressa Almeida assistiram à apresentação, no Bourbon Street.
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HERMANOS
Leonardo Lepíscopo, diretor jurídico da defesa do Consumidor na Argentina, ficou impressionado com o valor dos juros do cartão de crédito do Brasil. Ele veio ao país em comitiva do CT-7 (Comitê Técnico nr. 7), órgão do Mercosul para políticas de defesa do consumidor. Ela era integrada ainda por Paraguai, Bolívia e Uruguai.
TETO
Na Argentina, uma lei determina que a taxa de juros do cartão seja, no máximo, 50% mais alta do que aquela que o mesmo banco cobra dos clientes via crédito consignado. No Brasil, a taxa é quase quatro vezes maior. O Paraguai tem regra igual. O secretário nacional do Consumidor, Arthur Rollo, diz que enviará as leis dos países vizinhos para o Congresso. “Quem sabe nasce um projeto de lei”, diz.
EM MOVIMENTO
O Canal Brasil exibirá uma série de animação inspirada na tirinha “Condomínio”, criada nos anos 1980 pela cartunista Laerte. Serão dez episódios de 11 minutos cada, ainda sem data para ir ao ar. Os personagens originais dos quadrinhos, como Zelador e Síndico, protagonizam a trama, mas haverá novas histórias baseadas em fatos atuais.
BEST-SELLER
O livro “Na Minha Pele”, que o ator Lázaro Ramos lançou na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), foi o mais vendido da história do evento, segundo a Livraria da Travessa, que cuida da loja oficial da feira. Foram 1.187 cópias –mais que o dobro do recorde anterior, 522 exemplares de “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher”, da bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, em 2016.
BASTIDORES DO PODER
O consultor de crises Mário Rosa lançou o livro “Entre a Glória e a Vergonha” na quarta (2). Os senadores José Serra e Renan Calheiros, o ministro Gilberto Kassab e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, passaram pelo evento, no Salão Nobre da Casa.
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CURTO-CIRCUITO
Estreia nesta segunda-feira (7) no GNT a segunda temporada de “Desengaveta”, com Fernanda Paes Leme. Às 20h30.
O senador Ricardo Ferraço fala sobre a reforma trabalhista nesta segunda, às 10h30, na Associação Comercial do Rio.
O encontro anual da Fundação Estudar ocorre nesta segunda, a partir das 14h, na Amcham.
O ciclo de documentários Casa Vogue Docs começa nesta segunda no Caixa Belas Artes.
Fonte: Folha de S. Paulo