Cúpulas nacionais do PT e PMDB podem intervir nos seus diretórios paraibanos caso não haja acordo para a proporcional

Por Eliabe Castor

pt e pmdb
Uma fonte com livre trânsito em Brasília revelou ao colunista que, não cessando os desentendimentos entre os representantes regionais do PT e PMDB, existe a probabilidade de haver uma intervenção por parte das executivas nacionais petista e peemedebista no Estado. A preocupação está sendo regada a cada dia, fruto de especulações e no imbróglio que diz respeito às duas legendas na questão da chapa proporcional.

O mesmo cacique contou que o acordo entre PT e PMDB em torno da candidatura do peemedebista Veneziano Vital do Rêgo a candidato ao governo do Estado, e o petista Lucélio Cartaxo, para o Senado, já é ponto pacífico. Mas o problema da proporcional preocupa a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer. A temeridade dos que habitam o Palácio do Planalto é ver o esfacelamento da aliança construída pelas duas agremiações, o que daria uma vantagem extra ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e candidato à reeleição, como também ao senador tucano Cássio Cunha Lima, que busca retornar à chefia do Executivo paraibano.


Faltando 13 dias para o fim do prazo destinado à realização das convenções, PT e PMDB buscam uma fórmula para equacionar o problema. O PMDB defende perempitoriamente o “chapão”. Ou seja: uma aliança que abarque Governo e Senado, na majoritária, e Câmara Federal e Assembléia Legislativa na disputa proporcional. Para o Partido dos Trabalhadores, os peemedebistas têm redutos consolidados, o que não acontece com os postulantes do PT.

Em tese, havendo uma aliança formatada de cima para baixo, os peemedebistas teriam mais vantagem que os petistas, pois o quociente eleitoral beneficiaria o PMDB. Já o PT busca, na proporcional, uma aliança com o PSC, do suplente a deputado federal Leonardo Gadelha, o que poderia dar mais chances aos petistas terem sucesso. É bom frisar que, até o momento, as bancadas estadual e federal paraibanas foram reduzidas de 36 para 30, e 12 para 10, respectivamente. O que dificulta, ainda mais, uma equação satisfatória. Amanhã o STF confirma, ou não, a redução das bancadas.