Crueldade

CRUELDADE - Cão tem pênis mutilado para ser vendido como fêmea na internet

(Foto: Reprodução/Facebook)

O cãozinho mutilado (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma moradora de São Paulo comprou nesta semana no site OLX – que conecta vendedores e compradores de produtos diversos – um filhote de cachorro de 20 dias de idade, descrito como uma pinscher fêmea. Encontrou com o negociador no estacionamento de um shopping de São Paulo e pagou 350 reais pelo pet, entregue dentro de uma caixa de sapatos.

O rapaz alegou que não era bom mexer na cadela ali, no frio. Assim, a mulher só foi ver a condição de saúde do bichinho, nada boa, quando chegou em casa. Percebeu, então uma ferida na barriga da mascote. Com o passar das horas, a região começou a inchar. Pediu o auxílio de uma vizinha, que trabalha em uma clínica veterinária em Higienópolis.

“Quando o animal chegou até nós estava com dor, prostrado. Ao analisar a ferida, constatamos que ele sofreu uma mutilação no prepúcio, na região do pênis. Não conseguia urinar. O vendedor deve ter feito isso porque prometeu entregar uma fêmea, mas só tinha machos disponíveis”, conta Andrea Behmer, sócia do pet shop.

print-cachorro-olx

Post no Facebook da veterinário que atendeu o animal (Foto: Reprodução Facebook)

O pet foi submetido a exames em seguida. Uma cirurgia de emergência foi realizada na noite desta quarta (14) para que o cachorro pudesse fazer xixi. Na tarde de quinta (15), ele passou por novo procedimento para reconstrução do local. “Precisamos forçar a saída do pênis, coisa que aconteceria naturalmente”, relata Andrea. O estado do filhote ainda é crítico, porém estável. O caso foi encaminhado para as autoridades e registrou-se boletim de ocorrência.

Procurada, a OLX enviou uma nota dizendo que os anúncios são de responsabilidade dos usuários. Também afirmou que a empresa “não tolera casos de maus tratos e só aceita a publicação de anúncios de animais que estejam de acordo com os termos e condições de uso do site”. O anúncio em questão já foi removido e o usuário foi banido da plataforma.
Créditos: VEJA SP