Crônica do dia diferente

Gilvan Freire

À Emyle e seus pais.

E aos que choram pelos inocentes.

 

Quase nada perdeste deste mundo

Que não te economizaria dores.

Dores ficam para nós,

Vitimas da longa vida,

Que mais dói sem cura

Como a tua partida.

E teremos de viver mais dores

E perder amores

Como perdem os vegetais as flores

Até que morrem de tédio.

Assim também findamos

Porque tudo passará.

E nem dores restarão

Nem flores surgirão

Nem o amor rebrotará.