A presidente da Fundação Desenvolvimento a Criança e Adolescente na Paraíba, Sandra Marrocos, revelou na tarde de hoje (01) que o menor que atirou na namorada dentro de escola no bairro de Mandacaru não é criminoso e atirou na namorada “por amor”.
Durante entrevista ao programa “Debate sem Censura”, Sandra disse que ao ser apreendido o jovem estava assustado e contou que atirou após saber da namorada que ela não queria continuar o relacionamento.
A presidente afirmou que o Governo do Estado está garantindo assistência psicossocial ao jovem: “Ele está recebendo todo apoio do Governo do Estado e eu quero fazer uma leitura aqui para dizer que estão tentando incriminar o menino, dizer que ele é de facção, mas não é. Esse menino cometeu um crime por amor”, disse Sandra.
Sobre o crime, Sandra disse que é necessário que se faça um debate a respeito de “gênero”: “Isso deve ser destacado porque é o poder de um homem sobre uma mulher, precisamos fazer um debate que envolva toda a sociedade sobre isso”, destacou.
A presidente explicou que a maioria dos jovens apreendidos e assistidos pela Fundac são filhos de trabalhadores que estão em situação de risco: “Agradeço ter perdido a eleição por poder estar a frente desse órgão. Preciso dizer que os 600 apreendidos são filhos de trabalhadores, a maioria negro e pobres, que comentem infração pela sua própria condição na sociedade”, defendeu.
Para Sandra, os números da Fundac comprovam que os jovens apreendidos não cometem crimes graves. Contudo, a presidente defendeu que o ambiente ao qual os jovens voltam após serem soltos não favorece o reestabelecimento: “O território que recebe esse jovem não é o melhor, não tem escola de tempo integral, não tem oportunidade. E mesmo assim, com nosso trabalho na Fundac, temos adolescente que passou em Engenharia Ambiental”, concluiu.
Polêmica Paraíba