investigação

CPI DA COVID: Ricardo Barros depõe sobre compra da Covaxin hoje

Ele responde a um processo de improbidade administrativa, herança da época que comandava o ministério.

A CPI da Covid vai ouvir nesta quinta-feira (12) o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara . Ex-ministro da Saúde e um principais nomes do centrão, ele vai prestar esclarecimentos sobre suspeitas de ilegalidades no processo de compra da vacina Covaxin. Ele responde a um processo de improbidade administrativa, herança da época que comandava o ministério.

Barros (PP-PR) entrou na mira da comissão após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, terem denunciado que houve pressão do alto escalão do ministério para a aquisição da Covaxin. Eles contaram que levaram o caso, pessoalmente, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), numa reunião no Palácio Alvorada no dia 20 de março. Na ocasião, segundo os irmãos Miranda, o presidente lamentou o ocorrido e indicou que Ricardo Barros participava de um esquema no Ministério da Saúde.

Eles disseram também que apresentaram a Bolsonaro uma cópia da primeira versão do documento de importação da Covaxin, que continha erros e previa um pagamento antecipado pela compra dos imunizantes. A vacina em questão, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que era representado no Brasil pela Precisa Medicamentos, foi a mais cara negociada pelo governo brasileiro. Cada dose sairia por US$ 15.

Em virtude das suspeitas de ilegalidades, o contrato, fechado em tempo recordo, foi suspenso sem que nenhuma dose tivesse sido entregue e nenhum real desembolsado pelo governo.

Ainda de acordo com os irmãos Miranda, no dia da reunião no Alvorada, Bolsonaro citou Barros nominalmente ao falar sobre as possíveis irregularidades. Barros foi ministro da Saúde entre 2016 e 2018, no governo do ex-presidente Michel Temer.

Fonte: IG
Créditos: IG