A Copa mais bonita da história

Brasileiros comemoram a vitória do Brasil sobre o Chile. Foto: Jarbas Oliveira / EFE

Santiago Solari, El País

Talvez esta Copa seja a melhor de todas simplesmente porque os motoristas de ônibus no Rio de Janeiro têm claro que sempre é preferível um engavetamento a pisar em uma bola de futebol.

Meu primeiro dia livre no Rio de Janeiro foi quarta, depois das oitavas de final. Para relaxar um pouco de assistir a tanto futebol, fui jogar futebol. Caminhei com um amigo na direção sul, até o posto 11, no Leblon. Lá, a 30 metros do posto, vivem os reis do futevôlei. E digo vivem porque jogar futevôlei é o que fazem nessa faixa da praia do nascer ao por do sol, e o que continuam fazendo quando se acende a coluna de luzes abaixo da qual instalaram a quadra.

Depois de três horas de observação e busca meticulosa, nos atrevemos a desafiar, em uma quadra de um terço do tamanho da oficial, aos que percebemos que era a dupla mais fraca, com muita diferença entre a Gávea e a Garota de Ipanema. Quando já perdíamos por muitos pontos, uma tentativa desesperada de arremate foi parar na terceira pista da Avenida Delfim Moreira.