O contrato de gestão pactuada entre o governo do Estado e a Cruz Vermelha ainda não foi assinado e está sendo analisado pelos setores jurídicos das partes, apesar de estar na fase de conclusão. Segundo a assessoria de imprensa da organização social, o contrato está passando por ajustes, os quais não foram revelados. O contrato visa compartilhar a administração do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, com profissionais da Cruz Vermelha. A organização atua em 16 estados brasileiros e em vários países.
Ainda de acordo com a assessoria, a assinatura deve acontecer nos próximos dias (ou horas). A revisão seria uma forma de ajustar pontos que não foram bem esclarecidos ou que ficaram obscuros. No entanto, a possibilidade do contrato ser embargado praticamente não existe, visto que as partes envolvidas têm interesse na parceria, que visa otimizar o atendimento no Hospital de Trauma, referência para urgências e emergências no Estado. Indagada sobre de quem seria a responsabilidade caso houvesse, hoje, um problema no hospital, a assessoria não soube responder e disse que era melhor aguardar a decisão do setor jurídico para se posicionar.
Em uma conversa que durou aproximadamente 20 minutos, a assessoria explicou o funcionamento da Cruz Vermelha e explicou que a Paraíba vai receber profissionais capacitados para atender a população. “Nos locais onde já atuou, a Cruz Vermelha tem recebido manifestação de apoio”, declarou. Quando o contrato for assinado, a direção nacional da organização social publicará uma nota oficial, na qual explicará em detalhes como será a atuação dos profissionais no Trauma. Os trabalhos realizados no Estado seriam subordinados à direção nacional e não ao Rio Grande do Sul, como alguns setores do próprio governo afirmaram em entrevistas anteriores.
A reportagem também abordou a questão de denúncias feitas à atuação da Cruz Vermelha em outros estados, como Maranhão e Distrito Federal. Sobre o assunto, a assessoria de imprensa declarou que “houve divergências de procedimentos com os governos” e que “os casos não poderiam ser generalizados”. Por fim, a assessoria não soube explicar se em outros estados o trâmite da assinatura do contrato foi semelhante à Paraíba.