O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta sexta-feira, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criminalizar a homofobia . Segundo ele, equiparar as práticas de homofobia e transfobia ao crime de racismo é um “completo equívoco”. Bolsonaro afirmou ainda que a medida pode atrapalhar até mesmo que homossexuais consigam vagas de trabalho.
Falando a jornalistas durante um café da manhã, Bolsonaro citou uma situação hipotética em que um hóspede gay tentar alugar um quarto em um hotel que está lotado e depois descobre que havia uma vaga: “Aí, o dono vai preso”.
Bolsonaro disse que, com a decisão, “o STF entrou na seara do Legislativo” —há um projeto de lei sobre o tema aprovado preliminarmente pela Comissão de Comissão e Justiça (CCJ) do Senado, mas que ainda precisa ser votado novamente no colegiado, e depois na Câmara.
– Acho que o que mede a ineficiência de um Estado é a quantidade de leis. Quanto mais leis, pior é aquele Estado. E está se transformando em insuportável a nossa convivência no Brasil dada essas decisões, Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal. Essa questão de tipificar a homofobia como se racismo fosse, inclusive o Supremo, no meu entender, entrou na seara penal, estão legislando. Eu acho que a bola está com o Legislativo, eu acho que o Legislativo vai tomar uma posição contra essa decisão do Supremo- afirmou.
Ao abordar o tema, o presidente voltou a defender a presença de um ministro evangélico na mais alta Corte do país. No final de maio, durante uma viagem a Goiânia (GO), ele já havia falando sobre esta possibilidade.
— Acho completamente equivocado o que o Supremo fez ontem aqui, por isso que falo do evangélico. O que é natural, poderia acontecer lá? O cara pede vista ao processo e senta em cima dele — disse Bolsonaro.