O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou nesta quarta-feira, a ata de fundação do PSD, em evento na Câmara dos Deputados. Só hoje o PSD ganhou a adesão simbólica de 32 deputados, de cinco vice-governadores, de dois senadores e de um governador.
Apesar da pressão dos governadores tucanos –especialmente o de São Paulo, Geraldo Alckmin– integrantes do DEM, PPS e até do PSDB assinaram, simbolicamente, a ficha de filiação ao novo partido.
A lista inclui o vice-governador da Paraíba, o tucano Rômulo Gouveia; a senadora Kátia Abreu (DEM), e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN).
Ao discursar, Kassab disse torcer pelo sucesso do governo Dilma Rousseff e afirmou que o PSD nasce como um partido independente.
Embora se declare amigo do senador tucano Aécio Neves (MG), Gouveia disse que resistiu aos apelos do mineiro e avisou ao PSDB que trocará de partido. “Gosto de Aécio e atuei na campanha [presidencial] de [José] Serra. Mas, a partir de agora, serei fiel ao meu novo partido”, afirmou ele, atribuindo a saída aos ataques do PSDB ao governo da Paraíba.
Todos os que assinaram a ficha simbólica de filiação manifestam a intenção de entrar no PSD. Mas ela só poderá ser consumada quando o partido estiver oficialmente formado.
Com o ato, Kassab tenta dar uma demonstração de solidez, já que a constituição do novo partido é cercada de dúvidas. Em entrevista, após a assinatura da ata de fundação, o prefeito sugeriu ao DEM, seu ex-partido, “que seja feliz”.