Para o jornalista e colunista da revista Veja, Ricardo Setti, o PMDB deveria “enfiar a viola no saco” e desistir de indicar o ex-governador José Maranhão para a vice-presidência de Loterias da Caixa Econômica Federal.
Segundo Setti, o problema, é que a presidente recebeu um relato verbal do governador Ricardo Coutinho (PSB), dando conta da péssima situação em que encontrou o Estado, com 1,3 bilhão de reais em dívidas acumuladas, obras públicas abandonadas, descontrole na segurança pública e no funcionalismo, com contratações e reajustes que estouraram os limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ricardo Setti destacou ainda que a Paraíba sob Maranhão virtualmente quebrou, passando a ser o Estado com situação mais grave neste aspecto em todo o país, comprometendo 55,41% de sua receita líquida com pessoal. A LRF estabelece um “limite prudencial” de 46,55% para esses gastos, que funciona como uma espécie de alerta para os governos estaduais. À medida que o limite vai sendo ultrapassado, o Estado sofre diferentes tipos de restrições.