Coisa do livre pensar

Gilvan Freire

VIDENTECEGO – RC já acredita em Deus. Precisa dele para se livrar de seu inferno astral duradouro. Recita a Bíblia a seu modo dizendo que “só a verdade liberta”. Mas esse é também o versículo preferido do povo. Alguém tem dúvida de quem será o libertado por Deus?

VIDENTECEGO – A continuar do jeito que está, todos os ônibus serão assaltados todos os dias em João Pessoa. Os conluios entre esse setor da economia popular e os gestores públicos já vem assaltando a população há anos na fixação dos preços das passagens. Será que não dá para o secretário de segurança prender pelo menos um dos bandos de assaltantes? Bem que baratearia alguma coisa para os usuários. Ou, então, é deixar que esses novos delinqüentes cobrem pedágio por pessoa. Sai mais em conta.

VIDENTECEGO – Nem os partidos aliados mais servis ainda chamam a presidente Dilma de presidentA, com o A de Arrogante. Dela os circunstanciais tiram primeiro uma letra, e só depois as outras nove. Ela em sua santa imbecilidade não entendeu que esses urubus comem gente viva e largam a carcaça humana às ruas depois. Bem feito.

VIDENTECEGO – O PT inchou e desidratou rápido a candidatura do ministro Aguinaldinho à governador da PB em 2014. A bem da verdade ele nunca ensaiou, mas o projeto era colá-lo na calda do cometa Dilma nos tempos das vacas gordas. Agora que as vacas tão magrinhas como no Nordeste seco, o cometa virou um meteorito e o projeto do PT transformou-se numa miragem. Quando não há autocrítica, o que sobra são as ilusões. Às vezes, só alucinações.

VIDENTECEGO – PMN e PPS se separaram antes do casamento. Estava previsto. Era um mero acordo de cúpula que não levava em conta o pensamento da base. Tanto nos conchavos de cúpula quanto nos acertos da cópula quem fica debaixo é quem geme.

VIDENTECEGO – As centrais sindicais vieram às ruas com atraso de alguns anos. Perderam esse tempo todo distantes das grandes causas da sociedade, mal resolvendo as suas próprias. Estão desfiguradas e são representativas de poucos. Já parecem com os partidos políticos que não representam sequer os seus filiados. Vão ter de ressuscitar das cinzas. As ruas agora têm outros donos.