O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu investigação para apurar suposto favorecimento do desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ao deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia Legislativa paulista. Toledo é acusado de atrasar a tramitação de um processo em que Barros Munhoz era suspeito de formação de quadrilha, fraude em licitação e omissão de informações ao Ministério Público quando foi prefeito de Itapira, entre 1997 e 2004.
Depois de supostamente facilitar a vida de Barros Munhoz, o desembargador estaria, agora, sendo “blindado” para também se proteger das acusações que pesam contra ele, informou ontem a “Folha de S.Paulo”. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o processo foi arquivado porque não havia elementos que comprovassem irregularidades. As investigações sobre Toledo tem como relatora a ministra Nancy Andrighi, corregedora do CNJ. Ela chegou a marcar o julgamento do caso para novembro último, mas teria precisado de mais tempo para apreciar os papéis para, a partir daí, reapresentar seu relatório. Auxiliares da ministra sustentam que a análise das novas peças da defesa é obrigatória. A simples rejeição dos dados poderia levar a uma futura anulação das investigações.
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O Globo
