A investigação da morte do cinegrafista Nilson da Silva Ferreira, 41 anos, assassinado por engano em 31 de março, conduzida pela 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (6ª DHPP) da Capital, ganha contornos de um drama familiar: um apenado mandou matar o padrasto suspeito de bater na mãe dele, mas quem acabou morto foi seu próprio tio.
Gabriel da Silva Ferreira, 22 anos, de dentro da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), onde cumpre pena por dois homicídios, teria ordenado a execução de Evandro Marcelo da Silva, o Mango, 33 anos. Conforme a delegada Elisa Souza, titular da 6ª DHPP, o investigado por planejar o crime pertence à mesma facção que Marcos Vinícius Aniceto Carvalho, 19 anos, e Emerson Paz Rodrigues, 24 anos, apontados como executores do crime. Os dois foram identificados por meio de imagens captadas por câmeras de segurança. Com o uso de um celular, Gabriel teria encomendado a execução.
Além disso, de acordo com as investigações, Mango seria o autor do assassinato de um dos irmãos de Marcos Vinícius, em 2012. Sua morte, então, era desejada como uma dupla vingança.
No inquérito, concluído durante esta semana e remetido à Justiça, consta que Gabriel desejava a morte do padrasto porque Mango “batia e explorava financeiramente sua mãe”. Segundo a delegada, a mulher teria tentado encerrar o relacionamento, mas ele resistia em deixar a residência.
Nilson, cunhado de Mango e tio de Gabriel, residia na mesma casa. No dia do crime, os familiares teriam informado que o alvo dos criminosos não estava na residência. Porém, ao entrar em um quarto e deparar com o cinegrafista, a dupla disparou várias vezes. Entre os executores, Emerson foi preso no Vale do Sinos, na semana passada. Nesta semana, foi preso Cristiano Caetano da Silva, 40 anos, suspeito de ser o motorista do carro utilizado no crime. Marcos Vinícius ainda está foragido, bem como Mango, que também é procurado pela polícia, devido a um mandado de prisão por tráfico de drogas.
Fonte: ZH
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