O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que recebeu ordens do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro para alterar informações no cartão de vacina do político e da filha dele, Laura Bolsonaro. Cid foi ajudante de ordens da Presidência durante a gestão de Bolsonaro.
Diante do pedido do ex-presidente, Cid teria utilizado o mesmo modus operandi adotado na fraude dos cartões de seus familiares. Ele disse aos investigadores que solicitou a Ailton Barros, ex-major do Exército, as “inserções de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de Jair Messias Bolsonaro e Laura Firmo Bolsonaro”.
A investigação identificou o seguinte modus operandi: o tenente-coronel enviava o pedido de inserção dos dados falsos a Ailton Gonçalves Barros, que encaminhava as informações ao secretário municipal de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, responsável por realizar as inserções dos dados fraudados no Sistema SI-PNI do Ministério da Saúde.
As investigações sobre as alterações, que ocorreram em 2022, levaram a corporação a indiciar Bolsonaro, Cid e outros. O relatório final foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que decide se apresenta ou não denúncia sobre o caso. Se for apresentada e a Justiça aceitar a denúncia, Bolsonaro e os demais viram réus em uma ação penal e começam a ser julgados.
Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Polêmica Paraíba