Cícero cobra medidas urgentes de combate a seca

Em entrevista a jornalistas paraibanos, em Brasília, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) abordou a grave situação que os municípios enfrentam em razão da estiagem prolongada. Cobrou mais atenção do governado Federal, lamentou a paralisação das obras da transposição do Rio São Francisco, além do descaso do governo do Estado com relação à vacinação contra febre aftosa.

Sobre a seca, Cícero protestou contra a lentidão no auxílio do governo Federal. “O que nos deixa triste é que não é uma preocupação de hoje. É uma preocupação já de tanto tempo e as ações estruturantes não chegam na velocidade e na demanda que o povo do Nordeste precisa”, iniciou.

Para o senador, a transposição das águas do São Francisco representa a redenção da região, mas as obras infelizmente estão quase paralisadas em vários pontos do Nordeste. “Quando assumi o Ministério da Integração, em 1995, no governo Fernando Henrique, o projeto da transposição só atendia a Paraíba por São José de Piranhas, de passagem para o Rio Grande do Norte. Criei o eixo leste, que entra na Paraíba por Monteiro, chegando até Boqueirão para atender a região de Campina Grande e, conseqüentemente, vai permitir o abastecimento d’água para consumo humano em vários municípios do Brejo”, enfatizou.

Cícero Lucena confia que as águas do “Velho Chico” poderão no futuro abastecer João Pessoa. “Será abastecida pela água da transposição. Isso é compromisso, é responsabilidade. Estou falando que há 18 anos, sabendo que o problema iria se agravar, nós desenvolvemos o projeto para matar a sede de várias cidades paraibanas”, ressaltou.

O parlamentar disse que a Paraíba precisa de projetos estruturantes, como o eixo leste da transposição, para acompanhar o ritmo de crescimento do Nordeste. “E os governantes precisam se comprometer com ações estruturantes que beneficiem a população”, afirmou.

Aftosa: Rebanho isolado

Cícero Lucena lamentou que o governo da Paraíba não tenha cumprido o dever de casa, com relação a vacinação do rebanho, para garantir a Paraíba como zona livre de febre aftosa.

Lucena foi informado prelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mario Borba, que por esse motivo o rebanho paraibano ficara isolado do restante do país com a criação de barreiras. “O governo chegou a devolver cerca de R$2 milhões ao Ministério da Agricultura, pois não utilizou no programa contra febre aftosa”, criticou.