Cássio diz que 'governo é muito ruim e as pesquisas comprovam'

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O candidato ao governo da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) disse na tarde desta segunda-feira, 04, que deseja gerir o estado para trazer “algo de novo” aos paraibanos. Ele afirmou que quer “usar a experiência que adquiri neste tempo para trazer algo novo para a Paraíba”.

Cássio acusou a gestão estadual de “brigar” com a Justiça, com os servidores e os poderes públicos, “na Paraíba, é o governo que fomenta a briga, é o governo que cria a discórdia, quero por fim à opressão que existe hoje nos setores do estado e, dessa forma, criar um horizonte de desenvolvimento para o estado e toda a população”, enfatizou.

Em entrevista a Rádio Arapuan, o senador garantiu que haverá diálogo entre as categorias e a gestão, se ele for eleito.

Indagado sobre a situação do Hospital de Emergência e Trauma, Cunha Lima disse que os médicos não recebem reajuste há mais de uma década e informou ainda que as denúncias contra a gestão do Trauma são graves e “não podemos permitir que isso continue, não podemos confundir a gestão da Cruz Vermelha, que recebe inúmeras denúncias, com o trabalho desempenhado pelos médicos e funcionários; temos que fazer parcerias e organizar essa gestão”, complementou.

Ele disse que não é contra gestão pactuada, mas disse que a situação tem que ser auditada e organizada, “vamos apurar e se for o caso rescindir o contrato, não há nenhum compromisso com o erro, não há preconceito com o certo, mas vamos corrigir o que estiver errado; as denúncias são feitas pelo Tribunal de Contas, não são queixas simples, tem que ser auditado e corrigido”, declarou.

Cássio citou o vídeo com imagens de um paciente do Hospital de Trauma sendo “espancado e arrastado” por seguranças da unidade e afirmou que é um absurdo e que não pode se repetir. Ele citou também os problemas enfrentados pelos funcionários da Universidade Estadual da Paraíba.

Sobre a relação com o governador Ricardo Coutinho (PSB) que era aliado do PSDB nas eleições 2010, Cássio citou as promessas feitas durante a campanha e que não foram cumpridas. “Quando ele diz que na sua gestão as crianças nascerão na cidade de seus pais, ele quer dizer que fará maternidades em todo o estado, não tem como ser outra coisa; o governo enche a gestão de prestadores de serviço, mas não realiza concurso para melhorar a segurança com abertura de seleção para policiais, isso tudo além de escolas fechadas, você chega aqui em Mangabeira e vê uma escola como o Caic, que tem um prédio grande e está cheio de mato porque está fechado”, explicou.

Cássio garantiu que trabalhou para que o governo desse certo e afirmou que não criou obstáculos para a gestão do PSB, “mas chegou um momento em que tivemos que decidir se assinaríamos embaixo ou queríamos mudar e tinha que mudar”.

Ele acusou o governo de obrigar os prestadores de serviço de participarem da campanha eleitoral sob a pena de serem perseguidos, “a prática política de Ricardo Coutinho é atrasado, só aqui nós temos servidores sendo obrigados a participar de adesivagem, ou vai pela manhã ou no fim da tarde, o estado ficará conhecido como o estado em que há perseguição política aos servidores”, ressaltou.

Acerca de obras públicas, o candidato citou várias obras e destacou que “obras não tem nome, não tem dono, só é possível fazer uma obra hoje se o gestor anterior organizar, o que o atual governo apresenta de positivo tem marcas de nosso mandato e o que diz respeito a gestão atual piorou, piorou a segurança, piorou a saúde, não tem mobilidade urbana e falta o principal que é diálogo”.

Questionado sobre a gravação da conversa entre um ex-secretário do governo a um prefeito acerca de compra de apoio, Cunha Lima disse que os argumentos da militância socialista “não encontram ressonância na sociedade, o governo acha que propaganda resolve, mas não adianta fazer propaganda da segurança quando você percebe que a violência aumentou, não adianta dizer que a educação melhorou quando sabemos que houve a redução de cem mil matriculas, não adianta dizer que melhorou a saúde quando há pessoas sem acesso à atendimento em hospitais”, citou.

“No desespero, eles apelaram para esta farsa, há crimes de estelionato e corrupção ativa, um ex-secretário liga para um prefeito do PSB fazendo-se passar  por um assessor meu, que é estelionato, e propõe compra de apoio, corrupção ativa, é um truque; eles perceberam que vão perder as eleições e agora recorrem a essas perseguições”, finalizou.

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