treta

CASOS DE FAMÍLIA: parentes que não se vacinaram contra a covid-19 são 'excluídos' pela família

Enquanto a vacinação avança no país e a terceira dose já começa a ser aplicada em alguns estados, alguns brasileiros recusam tomar o imunizante.

Com a pandemia a maioria das famílias que se juntavam para comemorar algo ou aproveitar um feriado, tiveram que ter cautela por conta do distanciamento social. Alguns famílias perderam parentes para o covid-19. Mas, é possível ver uma luz no fim do túnel com a disponibilização da vacina e mesmo com cautela, voltar as tradições familiares.

Enquanto a vacinação avança no país e a terceira dose já começa a ser aplicada em alguns estados, alguns brasileiros recusam tomar o imunizante, dificultando a redução de mortes, causando brigas e sendo ‘excluídos’. Parentes afirmam que se preocupam pela saúde dos familiares que negam a vacina e temem que eles transmitam o vírus para outras pessoas.

Na família da estudante Letícia Vitória, a avó que é idosa e do grupo de risco ainda não se vacinou, por ser eleitora do presidente Bolsonaro (sem partido) e acreditar nas falsas informações repassadas por ele.

“Minha avó acredita que a vacina não é eficiente, seguindo as coisas ditas pelo presidente. Já tentamos levar inúmeras vezes. Temos medo por ela ser grupo de risco”, revela a jovem.

A situação na família da vendedora Maryana, ficou complicada após o seu tio de 67 anos se recusar a tomar a vacina, por acreditar que podia ser colocado um chip através da injeção.

“Meu tio recebe inúmeros áudios e mensagens com fake news, uma delas fi falando sobre esse bendito ‘chip do demônio’, que seria colocado em quem tomasse a vacina. Explicamos, mostramos notícias, mas nada adiantou, disse que não vai e pronto. A situação criou até um certo desprezo da família com ele”, disse Maryana.

​A infectologista e professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que, apesar de se tratar de uma minoria, já atendeu pacientes que recusaram o imunizante.

“As pessoas inventam desculpas, como medo da reação, para não admitirem que é uma decisão política”, diz a médica. Ela considera que a solução é buscar diálogo, dando explicações sobre a eficácia dos imunizantes e detalhes sobre como tem sido a experiência da vacinação em outros países.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba