DEFRAUDAÇÕES

CASO SOLARIS: Funcionários prejudicados com falência de cursinho levam caso para polícia

A denúncia principal é de descumprimento dos contratos.

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Cerca de 15 ex-funcionários da empresa compareceram na manhã desta terça-feira (29) à Delegacia de Defraudações e Falsificação de João Pessoa para prestar queixa.

Após o encerramento das atividades da Solaris Cursos, cerca de 15 ex-funcionários da empresa compareceram na manhã desta terça-feira (29) à Delegacia de Defraudações e Falsificação de João Pessoa para prestar queixa.

De acordo com o delegado Lucas Sá, a investigação foi instaurada hoje mesmo ele pretende “reunir o máximo de provas possíveis e pedir as medidas cautelares para tentar bloquear os bens para pelo menos fazer o pagamento devido aos funcionários”.

A empresa fechou as portas e deixou os funcionários na mão, de acordo com o delegado. Os funcionários estavam com salários atrasados e não receberam suas verbas rescisórias, além de terem descoberto que as contribuições do INSS não estavam sendo repassadas como deveriam.

A denúncia principal é de descumprimento dos contratos, além de que eles teriam pego o dinheiro e investido em outros empreendimentos. “Não apenas os funcionários foram lesados, fornecedores prestaram serviço e não receberam e vários alunos não tiveram seus contratos cumpridos”, ressaltou o delegado Lucas Sá.

De acordo com relatos de funcionários, a empresa chegava a formar até 50 turmas de alunos de uma vez e lucrava cerca de R$ 100 mil em cada uma delas. A Solaris atuou por pelo menos dez anos em João Pessoa na área de cursinhos específicos para concursos.

Caso sejam comprovadas as irregularidades, os sócios responsáveis pela empresa devem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato e apropriação indébita previdenciária, que se refere ao não repasse das contribuições do INSS. Somando as penas, os responsáveis podem ser condenados a até 13 anos de prisão.

Lucas Sá afirmou que outros funcionários, alunos e fornecedores devem comparecer à delegacia ainda esta semana para somar seus depoimentos às investigações. O delegado também afirmou que uma turma que já havia sido prejudicada pela quebra de contrato já solicitou abertura de processo no Procon.

Fonte: Click PB