A reconstituição do assassinato de Anderson do Carmo, 42, está prevista para ser feita na noite de hoje na casa em que o pastor morava com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) e onde ele foi morto na madrugada de 16 de junho em Pendotiba, Niterói, região metropolitana do Rio. Intimada, a parlamentar confirmou presença. A Justiça autorizou que dois filhos do casal presos por suspeita de envolvimento no assassinato participem da reconstituição.
Lucas de Souza, 18, participará da reprodução simulada do crime. Já a defesa de Flávio Rodrigues, 38, informou que ele estará presente, mas que não vai participar. A investigação, cuja 1ª fase foi concluída, conta com dezenas de depoimentos do clã Flordelis. Ao menos quatro dos 54 filhos do casal (a maioria adotivos) apontam suspeitas de envolvimento da parlamentar no crime. Há relatos de suposto envenenamento do pastor e de disputas por dinheiro.
Tanto a Polícia Civil quanto o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) não têm dúvidas de que mais de seis tiros foram disparados contra o pastor —o corpo dele tinha mais de 30 perfurações— e de que há mais pessoas envolvidas no crime além dos dois filhos já detidos. As investigações buscam agora entender a motivação do crime.
O UOL teve acesso a 843 páginas do processo judicial relativas à 1ª fase do inquérito policial, que corre sob sigilo no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio). A Justiça aceitou a denúncia do MP-RJ e dois dos 54 filhos do casal viraram réus pelo assassinato do pastor. Flávio e Lucas respondem por homicídio triplamente qualificado.
Segundo a polícia, Flávio confessou ter dado seis tiros em Carmo, e Lucas foi o responsável por arranjar a arma calibre 9 mm usada no assassinato. A 2ª fase do inquérito vai apurar quem foi o mentor do homicídio, quantos disparos foram efetuados contra o pastor e se mais uma arma foi usada no crime.
Fonte: UOL
Créditos: UOL