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CASO BRAISCOMPANY: Justiça Federal condena 11º réu com pena de 18 anos de reclusão

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.

Foto: divulgação / Internet

Uma decisão da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande marcou mais um capítulo no desenrolar do caso Braiscompany. O 11º réu investigado no caso foi condenado, ampliando as ramificações do escândalo que envolve Fabiano Gomes da Silva, Victor Hugo Lima Duarte e Felipe Guilherme de Souza.

Felipe Guilherme de Souza, esposo de Fernanda Farias e cunhado de Fabrícia Farias, recebeu uma sentença de 18 anos de reclusão, conforme estabelecido pelo juiz Vinícius Costa Vidor. Contudo, a decisão não é definitiva, sendo passível de recurso junto ao TRF5.

A condenação de Felipe Guilherme de Souza está diretamente relacionada às suas atividades no contexto da Braiscompany. De acordo com informações da Polícia Federal, ele desempenhou um papel significativo como um dos principais brokers da empresa, sendo responsável pela captação e gestão de uma carteira que ultrapassava os trinta milhões de reais.

Além disso, o réu é acusado de intermediar operações financeiras ligadas à Braiscompany por meio de sua conta bancária pessoal e sua carteira de criptoativos. Suas atividades não se limitavam à mera intermediação, pois ele também teria facilitado a aquisição de bens através da emissão de contratos de investimento coletivo, evidenciando um papel mais amplo dentro do esquema.

A sentença proferida destaca o envolvimento direto de Felipe Guilherme de Souza no funcionamento da Braiscompany, não apenas como um intermediário, mas como um elemento ativo na gestão e condução das atividades ilícitas da empresa.

Parte do texto da sentença ressalta: “O réu Felipe Guilherme Silva Souza, esposo da ré Fernanda Farias Campos e cunhado da ré Fabrícia Farias Campos, atuou como um dos principais brokers da empresa Braiscompany, tendo sido responsável pela captação e gestão de carteira de mais de trinta milhões de reais. Além disso, intermediou operações financeiras relacionadas à Braiscompany por meio de sua conta bancária pessoal, pela sua carteira de criptoativos e por meio da intermediação da aquisição de bens com o pagamento do preço através da emissão de contratos de investimento coletivo, demonstrando um papel mais amplo que a mera atuação como broker”.

A investigação do MPF na Braiscompany

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.

Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo – na primeira fase.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba