O secretário parlamentar Eliseu Neto e seu namorado Ygor Higino estavam em Recife para comemorar o ano novo. O casal de Brasília estava em uma festa, no sábado 4, e decidiu chamar um carro pelo aplicativo 99 para ir até o hotel onde estava hospedado.
Segundo relato de Eliseu, ele e seu namorado deram um beijo dentro do carro e o gesto motivou o motorista a parar e pedir que descessem. “O motorista disse que não queria isso no carro dele e mandou a gente descer. Eu disse que ia tirar uma foto do carro e denunciar para o aplicativo e que homofobia é crime”, conta.
Ainda segundo Eliseu Neto, o motorista parou atrás de uma viatura da Política Militar e foi até o carro pedir ajuda dos policiais. O policial chegou e sem ouvir o relato do casal começou a agredir Eliseu. “Um policial chegou alterado. Pedi a identificação e ele me empurrou no chão. Meu namorado ficou nervoso, já que ele tinha uma arma. Tiramos fotos e fomos embora”, contou.
A TV Globo obteve imagens de uma loja que comprovam o depoimento de Eliseu e Ygor. O casal entrou com uma queixa contra o motorista e o policial militar, acusando-os de homofobia, que desde julho de 2019 é considerado crime no Brasil.
Eliseu Neto foi co-responsável, junto ao partido Cidadania, no Senado pela ação no Supremo Tribunal Federal que resultou na transformação da LGBTfobia em crime análogo ao racismo.
Na segunda-feira 6, o delegado Breno Varejão, responsável pela investigação, solicitou ao comando da Polícia Militar que informe à Polícia Civil quem eram os policiais envolvidos no caso. A 99 disse que baniu o motorista da plataforma.
Fonte: Carta Capital
Créditos: Carta Capital