Cartaxo politiza gestão e ensaia projeto de longo prazo

 Sérgio Botêlho

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Sob o olhar desconfiado do PMDB, o prefeito Luciano Cartaxo, do PT, resolveu, com uma só canetada, enxertar sua gestão com mais PPS, e o PSDB, este último, ocupando a estratégica pasta de Comunicação, através do experiente vereador Marcos Vinícius.
Já o PPS, além do vice-prefeito, Nonato Bandeira, disporá um de seus vereadores para a liderança do governo petista na Câmara dos Vereadores. O encarregado da função será o também experiente vereador Marco Antônio.
O PPS ainda ocupará, através do vereador Bruno Faria – cuja família, e ele próprio, tem profundos laços de amizade com o ex-governador, e atual senador, Cássio Cunha Lima – a Secretaria de Turismo municipal.
Apesar de muito jovem, Bruno tem demonstrado desenvoltura política invejável, certamente uma herança do pai, o médico Walter Paiva, e do avô, desembargador Emílio de Farias, este, amigo até a morte de Ronaldo Cunha Lima, e, aquele, com passagens destacadas pelo PMDB e pelo PDT paraibanos.
Com isso, Cartaxo se arma para o pleito de outubro próximo, quando vai buscar a eleição do irmão gêmeo, Lucélio Cartaxo, a princípio, para uma das 12 vagas da Paraíba na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Pelo visto, há uma parceria importante sendo forjada entre o PT, o PPS e o PSDB paraibanos, com benefícios evidentes ao projeto de Cunha Lima em retornar ao poder. Um projeto que também deve contar com o PTB de Wilson Santiago, praticamente fechado com Cássio para ocupar a vaga de candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo tucano.

Quem perde com essas movimentações atende pelo nome de Ricardo Coutinho, e seu PSB. Mas, também, Veneziano Vital do Rego, e seu PMDB. Na verdade, Cássio, Luciano, Santiago e Nonato dão início a um projeto político que objetiva de longo prazo, na Paraíba.