A proteção judicial ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) já revolta até o personagem que foi encarregado de receber as malas de propina da JBS destinadas ao parlamentar mineiro.
“O ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima quer se livrar da tornozeleira eletrônica, imposta como condição para prisão domiciliar. Ao Supremo, reclamou que não é justo ser submetido ao monitoramento enquanto o senador Aécio Neves (PSDB), investigado por se beneficiar de propinas da JBS, continua solto. Alegou também que, como está fazendo tratamento dentário não dá para ficar com o aparelho, pois tem de fazer exames na boca”, informa a jornalista Amanda Almeida, em reportagem publicada no Globo.
“Mendherson foi preso em 18 de maio depois de ser flagrado transportando dinheiro que, segundo as investigações, eram para Aécio. Ele trabalhava como assessor do senador Zezé Perrella (PMDB), aliado do tucano. Em junho, Mendherson foi transferido para prisão domiciliar. O pedido para não usar a tornozeleira foi feito ao ministro Marco Aurélio, que alegou que Mendherson deve recorrer à primeira instância por não ter foro privilegiado”, aponta a reportagem.
“(A defesa de Mendherson) menciona o caso de outro investigado, Aécio Neves da Cunha, dizendo encontrar-se este último em liberdade. Afirma ser injusta a manutenção da obrigatoriedade do uso da tornozeleira eletrônica, em comparação com a situação do citado investigado”, aponta o processo judicial.
Ontem, Aécio conseguiu adiar o julgamento de seu pedido de prisão porque seu advogado passa férias em Portugal
Fonte: Brasil 247