A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) negou, em seu depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília, ter contratado o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. A parlamentar foi interrogada pela polícia nesta terça-feira (14).
Nas suas redes sociais, Zambelli comentou que está sendo investigada por supostamente ter contratado Delgatti para inserir no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de 11 alvarás de soltura falsos, o que ela nega veementemente.
O incidente ocorreu em janeiro deste ano. Em seu depoimento à PF, Delgatti alegou que Zambelli havia pago R$ 40 mil para que ele invadisse sites do poder judiciário.
A deputada também afirmou que havia contratado Delgatti apenas para criar um novo site para ela, pagando o valor de R$ 3 mil. Além disso, um ex-assessor da parlamentar teria pago ao hacker R$ 10 mil para supostamente comprar garrafas de uísque.
Ela também confirmou que levou o hacker para uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir a segurança das urnas eletrônicas. No entanto, ela também isentou Bolsonaro de qualquer relação com Delgatti.
Carla Zambelli também foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em agosto deste ano.
Walter Delgatti ganhou notoriedade por hackear os celulares de procuradores da operação Lava Jato, no caso conhecido como vaza-jato.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba