A briga pelos votos já começou. Pelo menos, no mundo virtual. A propaganda eleitoral só é autorizada a partir de seis de julho, conforme determina a lei. Até lá, os pré-candidatos tentam mostrar simpatia e divulgar a imagem por meio das redes sociais. Por possibilitar acesso rápido ao eleitor e não exigir muitos investimentos, além de não contar com um marco regulatório, os sites mais conhecidos são utilizados sem parcimônia. A estratégia pode ser notada, principalmente, entre quem tem mandato e dispõe de estruturas mais organizadas para postar na internet ações e mensagens.
As práticas são variadas. Para publicar nas próprias páginas, os políticos tiram fotos em eventos — como encontros com entidades, campeonatos de futebol, caminhadas por cidades, aniversários e festas —, em visitas a moradores e em inaugurações, por exemplo. Para agradar às categorias, os candidatos também publicam parabenizações a toda comemoração do calendário oficial. Dia da empregada doméstica, do contabilista, do Trabalho são oportunidades para se apresentarem ao eleitor. Eles também postam frases de efeito e abraçam campanhas que estejam na moda, como a contra o racismo, que ficou famosa pela iniciativa do jogador Daniel Alves, do Barcelona, de comer uma banana jogado por um torcedor. Foi o caso da deputada Eliana Pedrosa (PPS), que pegou carona no marketing do craque Neymar, também do Barcelona.
Unidos no mecanismo virtual de vender a imagem, os pré-candidatos acabam divergindo quando se trata de marcar posição em suas trincheiras. Se é do lado do governo, o político fala bem das administrações e tenta colar sua imagem à do governador Agnelo Queiroz (PT) e à da presidente Dilma Rousseff (PT), como o deputado distrital Chico Vigilante ou o presidente do PT, Roberto Policarpo. Se é de oposição, a regra é criticar todo e qualquer tipo de realização do governo petista. Um perfil no Facebook intitulado “Volta que voto”, em defesa da candidatura de José Roberto Arruda (PR), tem se dedicado a criticar a atual gestão e compará-la à do ex-governador. Correio Braziliense