Campina é Campina!

Rubens Nóbrega

A semana começou com o anúncio da instalação de uma montadora de carros na Paraíba pelo Grupo Caoa, do médico e empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, campinense da gema, que não esconde a preferência por sua cidade para sediar a fábrica, apesar de o projeto técnico indicar Alhandra como área mais adequada para tanto.

Já na terça-feira (5) à noite, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) inaugurou em Campina Grande o novo Museu de Artes Assis Chateaubriand (Mac), investimento de R$ 12,5 milhões que agora abriga adequadamente o riquíssimo acervo doado à cidade pelo lendário criador dos Diários Associados.

São quase 200 peças, a maioria assinada por artistas brasileiros renomados internacionalmente, a exemplo de Anita Malfatti, Cândido Portinari e Pedro Américo.

O novo Mac foi idealizado, levado à frente e executado graças ao apoio do então governador Cássio Cunha Lima, que alocou os recursos para a obra, e o empenho de duas damas extraordinárias: a reitora Marlene Alves e Sílvia Cunha Lima.

À ex-primeira dama atribuem, inclusive, a mediação e superação de impasses entre UEPB e a Fundação mantenedora do Museu (Furne), além da adesão de arquitetos famosos e respeitados à feitura do projeto do novo prédio.

Construído em uma área de 1.500 m², o Mac dispõe de salas de exposição permanente e temporária, auditório com capacidade para 115 pessoas e estará aberto à visitação pública na próxima terça-feira (12), a partir das 8h.

Quem for terá à disposição para conhecer e apreciar, logo de cara, uma exposição intitulada ‘Artistas Paraibanos Modernos e Contemporâneos’, além das obras tradicionais que Chatô cedeu a Campina e à Paraíba.

Nesse roteiro de boas notícias, na quarta-feira (6) o portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios, hospedado no G1, botou Campina no mapa das 45 cidades mais inovadoras do Brasil.

Tem a ver com empresas e idéias transformadoras que produzem revoluções na ciência e na tecnologia com apoio do Instituto Inovação, do Sebrae, do IBGE e de consultores independentes.

Campina Grande aparece no levantamento que PE & GE fez dos “45 bolsões brasileiros da inovação”. Segundo texto assinado pela jornalista Kátia Simões, daquele portal, os bolsões “são cidades nas cinco regiões do Brasil em que empresários têm melhores condições para criar e atrair recursos”.

“Sim, porque vem crescendo o capital, público e privado, destinado a negócios de fronteira”, observa, informando ainda que a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) disponibiliza verba de R$ 4 bilhões para inovação.

“Desses, R$ 2 bilhões para pesquisas em universidades, R$ 1,2 bilhão para crédito subsidiado, R$ 700 milhões para subvenção e R$ 100 milhões para capital de risco. A verba é multiplicada em parcerias firmadas com fundos de investimento e governos estaduais”, arremata a jornalista.

 

Do Call Center ao Extra

Na véspera do feriado encontro na minha caixa postal texto da assessoria do senador Vital do Rêgo Filho lembrando que durante a gestão do prefeito Veneziano Vital o município conseguiu atrair pelo menos nove grandes empreendimentos, sem falar nos médios e pequenos negócios que em Campina surgem aos montes.

A matéria cita o Call Center, que gerou três mil novos empregos na cidade, somados a centenas de outros que surgiram com os supermercados e atacadões feito o Carrefour, Extra, Makro e Maxxi.

Campina recebeu ainda uma loja da C&A, a Termelétrica Wartsila, o Auto Shopping, a fábrica de calçados Tess vem passando por formidável expansão imobiliária com a implantação de condomínios residenciais de alto padrão.

Como se não bastasse, o senador está otimista quanto à vinda da fábrica da Caoa para Campina. Diz que está agendando um encontro dele e do prefeito Veneziano com o empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade e staff.

A ideia é oferecer todas as condições possíveis e legais para a montadora da Caoa subir a Serra, ficar e fazer prosperar ainda mais a Vila Nova da Rainha.
José Carlos bem, ‘na fita’

Dá pra incluir na sequência de fatos que atesta o bom momento vivido por Campina Grande a homenagem que o empresário e ex-governador José Carlos da Silva Júnior recebeu dia 29 último no Senado Federal, em Brasília.

Diretor-presidente do Grupo São Braz, que se projetou de Campina para o mundo, como diriam os pernambucanos, José Carlos foi agraciado com o Diploma José Ermírio de Moraes, conferido às personalidades que se destacam na área industrial.

O empresário paraibano foi indicado pelo senador Cícero Lucena, mas a escolha não foi por mera deferência. Zé Carlos concorreu com outros 24 nomes submetidos a um Conselho formado por senadores de diversos outros estados.