'Caminho Livre' está em marcha lenta

Há 8 meses, a prefeitura de João Pessoa anunciou o projeto ‘Caminho Livre’ e o Plano de Mobilidade Urbana, ambos com o objetivo de melhorar o trânsito na capital. O lado positivo é que tanto um quanto o outro prevê obras para desafogar o tráfego de veículos nas principais vias e assim diminuir o tempo de deslocamento dos pessoenses. O lado negativo é que, até agora, as ideias continuam apenas no papel e o problema do trânsito da capital se agrava a cada dia.

A constatação feita pela reportagem foi confirmada pelo superintendente de Mobilidade Urbana, Nilton Pereira.

“Infelizmente quase nada foi feito. As obras estão muito lentas, mas é por uma questão de trâmites burocráticos”, afirmou o superintendente.

Conforme o superintendente, um grande entrave para o início das obras do ‘Caminho Livre’ tem sido a falta de interesse de empresas no processo licitatório. “Abrimos licitação duas vezes para o projeto das avenidas Epitácio Pessoa e Beira Rio, mas não apareceu nenhuma empresa interessada”, explica Pereira.

Cada processo demora em média de dois a três meses, o que demanda tempo (e atraso). Quando o prefeito Luciano Agra (PSB) lançou o projeto, em julho de 2011, a expectativa era de que as obras fossem concluídas até dezembro deste ano. O investimento está na ordem de R$10 milhões.

Entre as obras previstas pelo ‘Caminho Livre’ está a melhoria no trânsito do Centro. O projeto prevê a diminuição do fluxo de veículos, remoção do tráfego no anel interno da Lagoa, que seria destinado apenas para passagem de ônibus e outras mudanças. Mas o caos no Centro deve perdurar por mais um tempo. “A questão da área central está travada. Dependemos da aprovação do Iphaep para iniciarmos as obras”, revela.

De acordo Nilton Pereira, desde o ano passado a prefeitura contatou o Iphaep, mas só recebeu retorno no início deste mês.

“O Iphaep liberou apenas um pequeno trecho e a praça Caldas Brandão”, afirma. Mas para realizar as obras a prefeitura precisa apresentar um projeto paisagístico.

A duplicação da subida do Altiplano também esbarra em burocracia. Conforme o superintendente, a prefeitura quer duplicar, mas quando abriu o processo licitatório nenhuma empresa manifestou interesse.

Já para as alterações a serem feitas nos Bancários é necessário que sejam concluídas as desapropriações de residências próximas ao Caic de Mangabeira.