Cadeia para os " Maias "

Bruno Filho

Ou para quem interpretou de forma errônea as tais profecias. Eu sou “escolado” nesses casos de Fim do Mundo, já passei por alguns e saí sempre ileso, eu e os convivas que comigo habitam essa terra de Deus. Acho de uma ignorância muito grande alguém supor que poderíamos ter algo que fosse superior à vontade Divina. Sem propósito.

A primeira que sofri, tinha apenas 6 anos de idade e fui informado de forma “sutil” por minha professora que naquele momento estaria sendo iniciada uma Terceira Guerra Mundial. Os americanos, donos do mundo, teriam direcionado seus mísseis para a pequena Cuba e se acionassem os famosos “botões vermelhos” receberiam um contra-ataque da União Soviética, e seria o fim.

Passei por essa. A segunda, alguns anos depois quando os mesmos americanos iriam pela primeira vêz pousar uma nave tripulada no solo da Lua. Dizia-se que um certo Deus, que não é o meu, não permitiria que isso acontecesse e que na mesma hora em que o artefato espacial tocasse o solo lunar, a Terra deria destruída como que por vingaça da violação. Nada aconteceu.

A terceira surgiu nas proximidades do ano 2000, quando através de Nostradamus, que aliás acertou pouco, errou muito e assustou tanta gente, dizia-se que não chegariamos lá. Ansiosamente o mundo esperou pelo horário marcado, muita festa em todo o planeta, a espera de uma hecatombe que felizmente nunca aconteceu e o povo sentiu-se ” abandonado “. Depois explico.

Dessa vêz foram as profecias “Maias” que encerravam o ciclo da vida na Terra, coincidentemente com uma falha acontecida no seu próprio calendário que possuia mais de 5000 anos. Não passou de mais uma história que no seu bojo rendeu milhões de dólares e euros à escritores, artistas, produtores de filmes e programas de televisão.

De outro lado, o assunto perturbou a população. Muitas crianças e jovens se assustaram, outros precisaram até de cuidados psicológicos. Os adultos então tiveram que fazer o “meio-campo”, dando explicações em alguns momentos e perturbando-se em outros. Na verdade foram informações de todos os lados e um “emanharado” de notícias desencontradas.

Então, de alguma forma foi praticado um “estelionato”, um “171”. Qual a diferença dessas profecias para pequenos “golpetes” utilizados pelos marginais que enganam os mais incautos com “conversa mole”. Lembram do golpe do bilhete premiado ? É a mesma coisa. Maias na cadeia. Obviamente que é apenas uma ilustração para que meu amigo leitor possa entender a revolta. Tanto tempo jogado fora.

O que posso concluir de maneira consciente é que o ser humano tem uma necessidade premente de se auto-afirmar como na dependência de um ente superior. Os habitantes dessa Terra querem ter a certeza de que são conduzidos por um ser onipotente e onipresente, mesmo que isso aconteça sob pena de o Mundo terminar. Demosntração de força, saber que existe alguém que manda.

Não seria mais facil conhecer esse Deus através de bons atos ? De igualdade social e sem tantas diferenças ? Aproximariam-se assim do Criador e um dia ou outro achariam os caminhos. Faz falta a todos os viventes um conhecimento maior, que não deveria vir só através de leitura mas em atos que deveriam ser praticados. Reconhecendo os próprios erros seria um dos caminhos.

Aparecerão muitas outras profecias, seja lá de quem for. Nostradamus ainda está na moda para alguns. Surgirão outros com certeza. O que acho na verdade é que o meu Deus não destruiria o que criou com tanto amor. Não dessa maneira cruel e devastadora. Ele tem o poder é de mudar as coisas através de ciclos e tem feito isso mesmo que nós não percebamos.

Na verdade,todas as vezes que o Mundo realmente correu risco, nós não ficamos sabendo. Não foi divulgado e não estava em nenhuma profecia. Não vou me aprofundar pois não sou “expert” no assunto, algumas vezes estivemos perto da destruição. Todavia na maioria “esmagadora” delas fomos nós mesmos que provocamos tudo isso. Pelas nossas mãos, sim , poderia ter acabado.

Bruno Filho,jornalista e radialista, que acredita piamente em Deus.Já teve provas e mais provas de sua infinita bondade.

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