Blocão formado pelo PT,PP e PSC marcha para ser dissolvido de forma melancólica

JOSIVAL PEREIRA
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Formado em 2010, com o objetivo de dar suporte ao então deputado Luciano Cartaxo na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, depois da vitória na Capital, o Blocão chegou a sonhar mais alto, que seria se constituir na terceira força e disputar o Governo do Estado.
Ainda agora se fala em candidatura própria e tem dois nomes lançados – o da petista Nadja Palitot e o do deputado Leonardo Gadelha, do PCS -. No entanto, o futuro próximo do Blocão deverá ser a dissolução, com cada uma das legendas seguindo rumos diferentes.
O mais provável hoje é que o PT, por força das articulações nacionais, se coligue com o PMDB, e o PP e o PSC poderão tomar caminho pouco esperado antes, que é o apoio à candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
No caso do PSC, os indícios de que o partido presidido pelo ex-senador Marcondes Gadelha se inclina pela opção de polo oposto ao do PT são manifestações de seus deputados estaduais.
Além de uma declaração cobrando uma decisão do PSC em favor de Veneziano Vital do Rego (PSC) ou de Cássio Cunha Lima (PSDB), o deputado Vituriano de Abreu já teria avisado a vereadores de sua base, em Cajazeiras, que o partido tenderia a apoiar a candidatura tucana.
Existem ainda informações de que parentes próximos do ex-senador Marcondes Gadelha não escondem, em Sousa e em Campina Grande, o desejo de apoiar a candidatura de Cássio e trabalham intensamente neste sentido.
Já a família Ribeiro (Enivaldo, Aguinaldo e Daniella) tem clara aversão à candidatura do PMDB. Por isso, não seguirá os petistas na aliança com os peemedebistas. Restaria, então, as opções de se aliar ao senador Cássio Cunha Lima ou ao governador Ricardo Coutinho. Ao preço de hoje, pelas articulações de bastidores, a tendência é a de que o PP fique com o Cássio.
Assim, a propalada aliança ideológica para mudar a Paraíba, a terceira força com perspectiva de promover a renovação da política estadual, deverá se dissolver nos próximos dias, com cada um tocando sua própria viola, e revelando, mais uma vez, que as alianças políticas no Estado são montadas em torno de conveniências puramente momentâneas e pessoais ou grupais.

por Josival Pereira