‘Você é uma pessoa horrível’, diz Barroso a Gilmar em sessão do STF
https://www.youtube.com/watch?v=WttNbUlSN9Q
Ministra Cármen Lúcia suspendeu sessão do Supremo após bate-boca entre Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, interrompeu a sessão da Corte nesta quarta-feira após uma discussão acalorada entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que já têm histórico de desentendimentos.
“Me deixa de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia”, disse Barroso a Mendes, que fazia críticas a respeito da decisão do próprio Supremo, que proibiu o financiamento eleitoral de empresas.
Ele ironizou uma votação conduzida pelo colega, a respeito de médicos e funcionários de uma “clínica de aborto” em 2016. Na época, a 1ª Turma, em processo relatado por Barroso, abriu precedente jurídico para que se absolvessem mulheres acusadas de abortar que tivessem feito a interrupção até o terceiro mês de gestação. Para Gilmar, o colega fez uma “manobra”, tal qual a proibição das doações de pessoas jurídicas a candidatos e partidos
“É um absurdo Vossa Excelência fazer um comício cheio de ofensas, grosserias. Vossa Excelência não consegue articular um argumento, fica procurando. Já ofendeu a presidente (Cármen Lúcia), o ministro Fux, agora chegou a mim. A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Qual é a sua proposta? Nenhuma!”, continuou Barroso, exaltado.
“Vossa Excelência nos envergonha. Vossa Excelência é uma desonra para o Tribunal. É muito penoso para todos nós termos que conviver com Vossa Excelência aqui. Vossa Excelência não tem nenhum patriotismo, está sempre atrás de algum interesse que não é o da Justiça.”
Antes que ele terminasse de falar, a ministra Cármen Lúcia interrompeu a sessão. Quando ela já se levantava, Mendes insistiu que estava com a palavra e rebateu: “Presidente, eu vou recomendar ao ministro Barroso que feche o seu escritório de advocacia”.
Fonte: VEJA
Créditos: VEJA