Gutemberg Cardoso
Mais um capítulo na sucessão paraibana, o senador Cássio vai avançando em seu discurso para vamos tomar a decisão esperada, ser candidato ou apoiar Ricardo Coutinho. E agora ele deu mais um passo para tomar a decisão.
Cássio disse no interior, mais precisamente em Uiraúna, que deixou “o ‘mago’ trabalhar três anos e agora vamos avaliar o governo do ‘mago’ para saber se vale a pena apoiá-lo ou não”, ele foi peremptório e textual nesta assertiva. E disse mais, que o PSDB vai decidir por maioria de voto nessa questão, lembrando que firmou uma carta programa durante a campanha e o Governo foi eleito, passados três anos, as propostas serão avaliadas. Textualmente foi isso que ele disse.
Avançando mais e dando os sinais do seu futuro político, percebe-se com essa declaração que o senador vai estabelecendo as regras do jogo e nas rodas políticas internas do tucanato, cada vez mais aumenta o número dos que defendem que ele seja candidato e jogue Ricardo para o escanteio. Bastante evidente as suas declarações.
Qual é a lógica da política? Se Cássio está com seu partido na sua totalidade dentro do governo Ricardo Coutinho, usufruindo do Governo, participando do Governo, inclusive, hoje mesmo o secretário Gustavo Nogueira, indicado por Cássio para o Governo Ricardo, passou o dia trabalhando (não em sua secretaria) na Assembleia tentando desenrolar o problema da LOA, segundo dizem , criado pelo próprio Governo. Então, como um aliado como Cássio e o PSDB, que participam do Governo, quando chega no último ano e na hora da onça beber água, que é a eleição, já não contabilizam mais este fato de ser e estar no Governo? Ele disse que agora julgar o Governo para ver se Ricardo cumpriu ou não o que foi prometido. Isso não é postura de aliado, não é postura de parceiro.
Todos sabem que a grande totalidade dos peessedebistas que estão no Governo, e não são poucos, defendem a manutenção da aliança. Os que estão fora é que querem candidatura de Cássio. Ouçam o que disse Cássio nessa questão de avaliar o Governo, para que cada um possa analisar:
Dizendo isso, Cássio sai da condição de aliado e já começa a ter uma postura de independência, outro aspecto é que agora quem decide é a maioria do partido. É outro dado fundamental, sabe-se que o presidente do Partido, o deputado Ruy Carneiro, e Cícero Lucena detém muita gente dentro do diretório e nas instâncias todas, defendem rompimento. Em outras palavras, Cássio escolheu o fim da Paraíba, Uiraúna, na divisa com o Ceará e o Rio Grande do Norte, muito longe da Capital, para dar o primeiro tiro de misericórdia no acordo com Ricardo.
Resta saber se Ricardo vai continuar a acreditar que Cássio ainda é o seu aliado, mas hoje nós vamos também contribuir nesse processo para ajudar o tucano a decidir.