Patrick Gouveia, assassino confesso da família de paraibanos na cidade de Pioz, na Espanha, voltou a comparecer à Justiça de Guadalajara nesta quinta-feira (10). Ele foi submeter a um exame psicológico para averiguar se tem algum tipo de problema mental. O jovem matou o tio, Marcos Campos Nogueira, a esposa dele, Janaína Santos Américo, e os dois filhos pequenos do casal.
A defesa de Patrick já havia adiantado que alegaria insanidade para tentar reduzir a pena de Patrick. No entanto, quem solicitou o exame foi o Ministério Público espanhol. Ele chegou ao prédio do tribunal por volta das 9h30, horário da Espanha, em carro blindado da Guarda Civil, entrado diretamente pela garagem, sem ser visto.
Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, na semana passada, o tio de Patrick, Walfran Campos, comentou a tese de insanidade de Patrick. Ele disse que não descartava nenhuma possibilidade, nem mesmo influências espirituais. “ Não sou médico para fazer uma análise, vai ter médico forense para analisar o quadro clínico dele, o que ele realmente tem, o que ele realmente é. Pode ser isto, problema mental, psicológico, e pode ser até espiritual, que muita gente não acredita, mas eu não descarto, como possa ser também a maldade”, afirmou.
Patrick Nogueira se entregou na Espanha em 19 de outubro e poucos dias depois confessou o crime. Até o momento ele não revelou os motivos dos assassinatos. Em depoimento à Guarda Civil, ele disse que teve uma ódio incontrolável e vontade de matar e insinuou que os crimes teriam acontecido após ele ter sido abandonado pela família.
Em áudio divulgado pela imprensa espanhola, Marcos afirma que Patrick afirmou aos familiares que era uma pessoa má. “Ele disse para Janaína [esposa de Marcos], antes da gente se mudar [de Torrejón para Pioz]: ‘eu sou um pessoa má. Eu tenho uma carinha de bobo, mas não sou uma pessoa boa não. Eu sou uma pessoa má, e gosto de ser mau’ ”, contou Marcos
Relembre o caso
Os corpos das famílias paraibanas foram descobertos no dia 18 de setembro. As autoridades foram alertadas por um vizinho ‘que percebeu o odor’ vindo da residência.
Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. E François Patrick Nogueira Gouveia foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime.
Surpreendentemente, no dia 28 de outubro, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. A prisão preventiva de Marvin Henriques Correia foi pedida pelo Ministério Público, que acredita que o jovem de 18 anos participou do crime, mesmo à distância. Ele trocou mensagens via WhatsApp com Patrick, enquanto este executava o crime bárbaro.
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Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Jhonathan Oliveira