Realmente o ano de 2016 não foi bom para quase ninguém. Pior ainda para travestis e transsexuais. Segundo levantamento feito pela ativista Indiana Siqueira, foram registradas 177 mortes em todo o Brasil. Além de pessoas que tiraram a própria vida, pode-se apontar a violência e a transfobia como motivações principais das mortes.
Os números podem ser maiores lavando-se em conta que muitos casos não são registados. A coleta de dados foi feita pelos grupos Transrevolução e Rede Trans Brasil. Por não ser crime, de acordo com o Código Penal Brasileiro, as mortes por transfobia encontra dificuldade para obter dados oficiais.
“Os casos ainda são substantificados e, infelizmente, podem passar de 200 mortes. Levando-se em conta o tamanho da população de travestis e transsexuais no Brasil, o que aconteceu em 2016 foi quase uma genocídio”, disse a ativista transvestigênere, Indianara Sigueira em entrevista ao SRZD .
No total foram mortos 95 de travestis, 60 transsexuais e 22 homens trans. A maioria com requintes de crueldade. Para o coordenador do Rio sem Homofobia, Cláudio Nascimento, travestis e transsexuais são o segmento mais perseguido e odiado entre a comunidade LGBT. “Não existe solidariedade com eles e elas”, firmou.
Ele ainda acrescentou que as mortes tem um sentido de “higienização da sociedade”por quem pratica os crimes.
Fonte: SRZD