Esse desafio ganhou mais repercussão depois que uma menina de 12 anos teve cerca de 49% do corpo coberto por queimaduras de segundo e terceiro grau. A estudante americana Timiyah Landers estava com duas amigas tentando realizar a prova na cozinha de casa.
Segundo a mãe da jovem, Brandi Owers, contou em entrevista a um canal americano, ela acordou com o barulho de uma pequena explosão e encontrou a filha em chamas. Depois de colocá-la debaixo de um chuveiro frio, levou a menina para o hospital.
Para pagar as despesas médicas, Brandi começou uma campanha de financiamento coletivo. Segundo os médicos, Timiyah precisará de meses para se recuperar e passará por mais três cirurgias.
Em 2014, outro jovem americano, em Kentucky, sofreu queimaduras de segundo grau ao tentar participar do desafio. E em agosto do mesmo ano, uma mãe foi presa por filmar o próprio filho de 16 anos realizando a “prova” de fogo.
E por que jovens põem a vida em risco por troca de visualizações? Segundo explicação da psicóloga Juliana Guilheri, em entrevista à rede Globo, “faz parte da personalidade do jovem querer firmar sua autonomia e desejar mostrar que está se tornando um adulto”.
Para evitar que mais crianças se machuquem em desafios virais, Guilheri aconselha aos pais acompanharem o que os filhos veem na internet e os orientarem sobre o perigos dessas correntes. As questões principais são a confiança e a comunicação.
Desde a repercussão do caso da Timiyah, o YouTube começou a retirar vídeos de pessoas realizando o desafio.