Homens alegam que foram abusados sexualmente por Sebastião de Lima, braço direito de João de Deus, em Abadiânia (GO). Tiãozinho, como era conhecido, permaneceu na Casa de Dom Inácio de Loyola por décadas. Ele nega que tenha abusado de fiéis e afirma que acusações são “oportunismo”.
Dois anos depois de as primeiras denúncias de assédio sexual contra João de Deus surgirem, o portal Metrópoles conversou como quatro indivíduos –três deles ex-funcionários da Casa– que disseram ter sofrido assédio sexual.
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Segundo os relatos, os assédios ocorreram durante as décadas de 1990, 2000 e 2010.
“Ele me fez abrir a calça, subir na maca e colocou um lençol sobre meu corpo”, contou um. “Tirou meu pênis e começou a tentar me masturbar. E, enquanto isso, ele rezava. Rezava e dizia que ia me curar.”
Os ex-fiéis relataram abusos muito semelhantes aos que as mulheres contaram sofrer no mesmo local.
João de Deus
Os relatos contra João de Deus começaram a surgir com força depois de uma reportagem exibida no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, no fim de 2018. As vítimas relataram que foram atacadas durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás (GO).
Na ocasião, Zahira Leeneke Maus, uma coreógrafa holandesa, foi a única que aceitou se identificar na matéria, gravou vídeo e foi ao palco do programa para falar sobre os abusos. A moça começou a frequentar a Casa em 2014, quando buscava a cura espiritual justamente para traumas passados com abuso sexual.
“Existe um sistema. A primeira coisa é vire de costas, eu vou te curar. Existe um padrão (…) Você é manipulada a acreditar na cura”, declarou.
Fonte: Extra
Créditos: Extra