
Um dos primeiros ataques do grupo de Rodrigo Farias ao ex-presidente da CAA, Assis Almeida, para justificar a contratação de auditoria, veio com a narrativa de que a gestão anterior não teria feito a devida transição administrativa. Mas a realidade contada por Assis Almeida é outra.
Segundo ele, no dia 18 de dezembro recebeu pessoalmente Rodrigo Farias e Larissa Bonates quando forneceu todas as informações acerca dos serviços e ações da entidade. E tudo fora documentado, inclusive com prints de conversas no WhatsApp, onde o próprio Rodrigo teria pedido o adiamento da reunião em três oportunidades.
Conforme relatado por Assis, depois de satisfazer todos os pedidos de informações requeridos, que já vieram anotados em um caderninho retirado da bolsa da vice-presidente, se colocou à disposição para quaisquer outras informações e não houve qualquer solicitação posterior de esclarecimentos.
Sustenta que todas essas situações foram documentadas, assim como registrados os fatos de que antes desse dia, em pelo menos três oportunidades, Rodrigo solicitou o adiamento do encontro.
Assis ainda tem o registro de que todos os setores da CAA foram avisados previamente de que deveriam passar para a nova direção os relatórios setoriais, de modo que a alegada não-transição “não passa de uma farsa preparada com objetivos persecutórios”. Lembrou que quando assumiu a CAA só havia 4 (quatro) funcionários em atividade (os demais de férias) e os serviços não tiveram solução de continuidade.
Disse que, no dia 14 do primeiro mês de sua gestão, já, inaugurou a sede da CAA em Campina Grande, com todos os equipamentos necessários e prontos para funcionamento. E no dia 20 do mesmo mês viajou a Maceió em companhia dos advogados-atletas que foram defender as cores da CAA em 15 modalidades, de maneira que a “falta de transição” é uma invenção, uma farsa, com o propósito de justificar a contratação de auditoria interna e a prometida perseguição ao ex-presidente da CAAPB.
A ausência de documento ou pretexto para injuriar?
Com os mesmos objetivos infamantes, alegam o fato de documento não-localizado no âmbito da CAA. No lugar desse alarde na mídia, não seria o caso de notificação do ex-presidente com pedido de esclarecimento? Porém, publicizaram o fato com o objetivo de dar andamento àquele “processo de incompatibilização”, pois deixavam no ar o germe da desconfiança de “algo” incompatível com a seriedade da anterior gestão.
Busca de informações ou perseguição orquestrada?
Segundo relatos, Rodrigo Farias teria declarado a vários advogados que faria de tudo para incompatibilizar Assis Almeida com futuras pretensões dentro da OAB-PB. O que poderia ser apenas uma ameaça isolada, logo se viu que era uma orquestração afinada com o presidente da OAB, contra quem Assis promoveu várias ações penais por crime de calúnia.
Durante uma das audiências judiciais, Harrison Targino declarou, sem ninguém perguntar e em tom de uma ameaça divorciada completamente da discussão da causa criminal, que a diretoria da CAA “estaria levantando tudo que pudesse deslustrar a gestão de Almeida”. Por esse cenário, Indaga-se: cuida-se apenas de busca de informações das atividades da entidade ou de uma perseguição orquestrada?
“Invasão” do instagram ou tentativa de apagar o passado?
Outro episódio que indica perseguição foi a mudança na estrutura do Instagram da CAA-PB, sob a justificativa de que a conta teria sido “invadida”. Alegação flagrantemente mentirosa. A verdade é que cuidavam em apagar o passado, pois ato contínuo, todas as postagens que faziam referência à gestão de Assis Almeida foram removidas.
Além do falseamento da invasão, a atual diretoria tem se aproveitado das redes institucionais da CAA para um desfile interminável de autopromoção. Essa estória se enquadra no adágio “quem conta um conto, aumenta um ponto” ou seria apenas uma forma inusitada de reescrever a história?
Benefícios maquiados: até onde vão a mentira e o oportunismo?
A atual gestão da CAAPB também tem divulgado medidas como se fossem fruto de sua atuação, quando, na verdade, são conquistas da administração anterior. Totalmente falso o anúncio da criação da gratuidade para entrada dos advogados no Clube Cabo Branco. Além da mentira, os diretores da CAA não se envergonham de difundi-la, buscando enganar principalmente a jovem advocacia que ainda não tinha ciência desse benefício ajustado pela gestão anterior. Seria esse um caso clássico do “pai da criança” aparecendo só na hora da foto, ou a utilização de um dos vícios (duplos) mais repulsivos da política partidária?
Omissão de ações acompanhada de ataques pessoais parece representar Cortina de Fumaça para ocultar a incompetência e justificar a perseguição
Enquanto isso, os verdadeiros desafios da advocacia paraibana parecem ser ignorados. Pouco se fala sobre novos benefícios ou serviços para os advogados, mas as aparições na mídia continuam frequentes, quase sempre acompanhadas de indiretas sobre a gestão anterior. O foco está realmente na busca de benefícios para a advocacia ou na personificação da própria imagem?
Assis Almeida, que até então vinha evitando responder a esses ataques, decidiu se posicionar quando soube que serviços essenciais, como pilates, terapias psicológicas, atendimento nutricional e atendimento odontológico estavam sendo suspensos sob a justificativa da “ausência de transição”. Para ele, “a mentira tem pernas curtas”. Daí a possibilidade de que as sucessivas tentativas sistemáticas de associar sua gestão a falhas administrativas parecem ser uma Cortina de Fumaça para justificar a incompetência e atitudes de perseguição.
Quem tem medo de Assis Almeida?
A grande pergunta que fica é: por que tanto empenho em tentar “incompatibilizar” Assis Almeida? Segundo ele, não há a mínima intenção de disputar cargos na OAB-PB no futuro e já demonstrou isso na última campanha quando não integrou cargo algum em chapa. Curiosamente, quem parece mais interessado na próxima eleição é Rodrigo Farias, que já estaria articulando uma candidatura para presidir a OAB-PB.
Ora, se as intenções da atual gestão são realmente voltadas para o bem da advocacia, por que não demonstram isso com trabalho e resultados concretos? Ao invés disso, usam tempo e energia para criar uma narrativa de perseguição, esquecendo-se de que “quem planta vento, colhe tempestade”.
O chamado à realidade
Assis Almeida afirma que nada vai impedi-lo de continuar contribuindo com dias melhores para a advocacia, independentemente de cargos, e espera que a atual diretoria da CAA-PB desça do palanque, lembrando que o papel da entidade é oferecer serviços e melhorias para a Classe e não travar guerras políticas pessoais.
A advocacia paraibana merece respostas e resultados. O que veremos a seguir: mais ataques, que decerto terão consequências, ou finalmente uma gestão focada em soluções? A resposta virá com o tempo e com a memória de uma categoria que sabe diferenciar ataques políticos de verdadeiro compromisso com a Instituição.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba