Assessor de deputado é preso no Curimataú paraibano

Juiz determinou que 'apegado' cumpra dez dias de prisão

imageO juiz José Jackson Guimarães, da Comarca de Cuité, decretou a prisão em regime fechado, do assessor do deputado Charles Camaraense. O condenado, José Arimateia Santos, cumpria pena restritiva de direitos, ou seja, prestação de serviço à comunidade, na Unidade Básica da Saúde na Família na cidade de Cuité. Após o magistrado receber a informação de que a diretora da UBSF foi ameaçada pelo apenado decretou a prisão em regime fechado por um período de dez dias :

-“O apenado José de Arimateia Santos, cumprindo pena restritiva de direitos, ameaçou a diretora da UBSF. Portanto determino o recolhimento no regime fechado por 10 (dez) dias. Decorrido o prazo o apenado deverá ser apresentado em juízo para designação de outro local de cumprimento da medida restritiva de direitos, todavia em caso de novo descumprimento, poderá ocorrer a conversão de pena privativa de liberdade. Espeça-se mandado de prisão na forma acima. Intime-se o apenado desta decisão. Notifique o Ministério Público. Cumpra-se. Cuité, 14 de julho de 2015”, assim sentencia o magistrado José Jackson Guimarães.

A pena restritiva de direitos é aplicada com observação no artigo 43 e seguintes do Código Penal Brasileiro. Aos que forem condenados a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos, não sendo reincidentes ou o crime tenha sido de forma culposa, cabe a autoridade judicial aplicar a pena restritiva de direitos. Porém em caso de descumprimento de prestação de serviço determinada, a Lei impõe ao magistrado que proceda a conversão em pena privativa de liberdade.

O clima na cidade de Cuité é de frequente enfrentamento político. A decisão do magistrado tem efeito pedagógico, pois os aliados dos dois grupos políticos comandados pelo deputado Charles Camaraense e pelo ex prefeito de Cuité e ex deputado Bado Venâncio, percebem que ninguém deve estar acima da Lei.

Charles Camaraense teve 12.157 votos nas eleições para deputado estadual pelo PSL, partido político comandado no estado pelo deputado Tião Gomes, que se licenciou do cargo pela segunda vez agora por mais 90 dias para tratar de saúde. Na primeira licença de 121 dias Tião Gomes se licenciou para realizar uma cirurgia na coluna.

PB 24 Horas