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'As investigações não podem parar', diz pai da menina Júlia após prisão do acusado

Jefferson esteve com a filha pela última vez no mês de fevereiro, quando ela foi passar as férias em Curitiba, como fazia todos os anos. 

O corpo da menina Júlia dos Anjos, de 12 anos, segue no Instituto de Polícia Científica (IPC), em João Pessoa, para a realização de exames de identificação e sexológico. O padrasto da vítima, Francisco Lopes de Albuquerque, 34 anos, confessou o crime e está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Róger.

O pai de Júlia, Jefferson Brandão, concedeu entrevista à repórter Pollyana Sorrentino, da TV Tambaú. Para ele, o acusado teve cobertura após cometer o crime e faz um apelo para que as investigações não parem. “‘As investigações não podem parar, tem muita coisa para ser investigada (…) Ele não estava sozinha, recebemos muitos trotes, tentando tirar a gente da praia. Fazer ele fez sozinho, mas ele teve cobertura…. Tinha alguém fazendo o trabalho para encobri-lo”, disse.

Jefferson esteve com a filha pela última vez no mês de fevereiro, quando ela foi passar as férias em Curitiba, como fazia todos os anos. “Ela era uma menina feliz, era totalmente diferente… Uma alegria, só vivia dando risadas“, falou sobre os últimos momentos em que esteve lado a lado com a Júlia.

O crime

Júlia desapareceu do apartamento onde morava com a mãe e o padrasto no dia 7 de abril. Nos primeiros depoimentos, a mãe disse que a filha havia recebido mensagens de uma mulher, que alegou ter gostado do perfil dela em uma rede social. Ela acreditava que essa poderia ser a razão do desaparecimento da filha.

Durante cinco dias, Francisco Lopes, padrasto de Júlia, acompanhou as buscas de familiares e as investigações da polícia. No terceiro depoimento na Central de Polícia Civil, o suspeito revelou que matou a menina por asfixia, durante a madrugada.

Conforme o preso, a mãe dormia no momento em que ele estrangulou a adolescente. O homem só decidiu confessar o crime após perceber a desconfiança da polícia e dos parentes. “Depois que ele foi apontado como suspeito, parentes informaram que percebiam olhares lascivos. Que ele foi visto olhando a menina no banheiro, com conotação sexual”, comentou o delegado Hector Azevedo. O homem teve a prisão em flagrante convertida para preventiva nesta quarta (13). Ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega.

Fonte: T5
Créditos: T5