Opinião

As “forças estranhas” dentro do PT de João Pessoa - Por Marcos Thomaz

Absolutamente todos os envolvidos neste cabo de guerra petista paraibano são “desertores” ou mesmo “expatriados”

Imagem: reprodução/internet
Imagem: reprodução/internet

“Nada de novo no front!”

Eleições municipais se aproximando, peças se movendo no tabuleiro e…

“Eu vejo o futuro repetir o passado!”

Bastam dois exemplos para vermos que os ecos do passado ainda reverberam aqui em “Jampa, ou lá por Sampa!”

Se fecharmos o olhar naquelas que por longo tempo ocuparam o posto de duas maiores siglas partidárias brasileiras desde a redemocratização adentraremos um enorme portal de “deja vù”.

Por critério de humildade vamos começar por esta bela província paraibana…

-Bela e besta- grita o indignado.

Calma, jovem. Há dores e delícias em ser o que é…

Fato é que, aqui na capital Parahyba o PT vive uma batalha interna digna do próprio PT…

Sabe aquela tradição vermelha em prévias acirradas, quase bélicas, “tiro, porrada e bomba” em seus próprios diretórios?

É nesta pegada.

E nem estou falando de guerra entre direções estadual e municipal não. Isso é fichinha…

Tem ex-desafetos e rivais lado a lado e ex-pupila se rebelando contra ex-mentor.

Um verdadeiro pandemônio.

O ex-governador Ricardo Coutinho declara e tenta arregimentar apoio ao ex-prefeito e atual deputado estadual Luciano Cartaxo.

Do outro lado, a colega parlamentar de Cartaxo, Cida Ramos, única deputada eleita e mais votada do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, se vê escanteada pelo próprio “tutor” Ricardo Coutinho.

Percebendo a  manobra de alijamento, a própria pediu a retirada de seu nome de lista para pesquisa de intenção de votos entre membros da legenda.

Para entender melhor a contenda, basta lembrar que Cida Ramos foi candidata oficial do então governador Ricardo Coutinho em disputa contra o próprio Cartaxo a prefeitura pessoense.

Isso há coisa de duas eleições atrás…

Mais que isso, todos, absolutamente todos os envolvidos neste cabo de guerra petista paraibano são “desertores” ou mesmo “expatriados” em missão de retorno recente.

Coutinho, por falta de espaço a seu projeto político arrojado foi “obrigado” a se retirar para ter espaço próprio, enquanto Cartaxo estrategicamente, pulou da nau petista quando esta ameaçava naufragar de vez em todo o país junto a derrocada de Dilma, prisão de Lula etc…

Agora ambos “Will back” para patrocinar aquele racha convencional que permite prever um desempenho petista apenas figurativo, como se evocasse os tempos de Avenzoar Arruda e afins…

Em resumo, o vereador Marcos Henriques, também do partido e pleiteando sua reeleição, definiu o atual momento como a atuação de “forças estranhas” dentro do partido.