As feras... Helder, Rubens, Lenilson…

Bruno Filho
A política é um dos setores da vida mais difíceis de compreender. Tratando-se de política paraibana mais ainda. Tudo anda entrelaçado, tudo é um emaranhado de assuntos que acabam confundindo aqueles que não são afeitos completamente as coisas da terra. São pequenos feudos, estabelecidos principalmente no interior do Estado, praticamente intransponíveis.

Desde que aqui cheguei, já ouvi tanta coisa indo e vindo, que se for avaliar fico extremamente confuso. Mas, como tudo na vida tem uma solução aprendi a ouvir e ouvir significa prestar atenção em cada detalhe que a mim é apresentado. Só assim posso me refugiar e tirar a minha própria conclusão, escutando e lendo aqui e acolá fatos dignos de serem retratados em livros.

Para isso, o destino me reservou a amizade de Gutemberg Cardoso, que me dá espaço aqui neste Blog de desenvolver meu raciocínio, mais pelo seu grande apreço e carinho do que pela capacidade de versar sobre o assunto. Aproveito aquilo que me é cedido e vou caminhando. Do restante é tudo fruto de observação e sem falsa modéstia um pouco de capacidade.

No programa que comando tenho a companhia fantástica de Helder Moura, jornalista , professor e escritor que com seu tom sereno na voz mistura informação com notícias fresquinhas e como bem informado que é, transforma com “pitacos” de ironia a política numa aula de matemática escrita. Ele explica com tanta polidez e simpatia que fica facil de aprender.

Na parte da manhã, tenho a sorte de poder ouvir Rubens Nobrega. Extraordinário contador de histórias, que sem mudar uma unica nota no seu ritmo de falar encara os assuntos, seja lá quais forem, com a mesma tranquilidade e sem intolerância. Além é claro, de sua coluna no jornal que é leitura obrigatória para quem quer começar seu dia político.

Um pouco mais cedo, recebo as informações de Lenilson Guedes, o “Desembargador”. Afeito as leis, entendedor de tudo que se refere a decisões judiciais e jurisprudencias Lenilson transmite segurança de quem realmente está por dentro do assunto. O que eu quero mais ? trabalhar e poder apresentar um programa escorado nestes 3 pilares ?

Além deles, posso ainda ouvir e ler Gilvan, Josival, enfim um time de primeiríssima linha. Sem falar que de vez em quando ainda me deparo com Nonato. Sou um privilegiado…ah ! se eu tivesse conhecido este time 30 anos atrás, talvez minha vida profissional teria sido outra. Lógico que não me arrependo de nada, apenas acrescento tudo o que hoje acontece no meu intimo.

O motivo desse comentário ? vamos lá…não é de agradecimento apenas , é de louvor, louvor por poder nesta idade já um pouco avançada poder aprender. Deixo um conselho aos mais jovens que pretendem seguir esta profissão delirante e avassaladora que é o jornalismo. Nunca desistam de seus sonhos, tudo pode mudar de uma hora para outra…

Outro detalhe: aprendam a escutar, usem seus ouvidos como canal para o cérebro, para isso eles foram “fabricados” por Deus e quando forem abrir a boca ou usar as mãos para escrever algo, procurem se espelhar em quem tem horas e horas de “pena mágica” como eu gosto de dizer. Falar é sempre mais fácil, pois as palavras normalmente vão pelos ares, muitas vezes desaparecem.

Ao escrever voce carimba a sua opinião, e depois de carimbada voce colhe os louros ou então semeia as tempestades. Então, pedindo licença ao Thiago para publicar este comentário, quero reconhecer que se existe um jornalista de sorte, este sou eu, só tirei figurinhas carimbadas nos “pacotinhos” desta minha vida paraibana de comunicação. Graças a Deus, não veio nenhuma repetida. Só tirei craques para o meu álbum !

Bruno Filho, encontrou na Paraiba a maior densidade de mestres por metro quadrado.