As diferenças entre Lula e Dilma

Gilvan Freire

A presidentA Dilma (com o ‘a’ de ausente, apática e avessa em relação ao povo do Nordeste), foi a pior invenção que Lula poderia criar ao fazer alguém à sua imagem e semelhança. Se bem que o objetivo de Lula não era exatamente criar um Lula de saia, mas uma imitação, com outro sexo, com o fim de garantir a ele próprio a permanência no poder e o retorno triunfal.

Lula errou de várias formas. Primeiramente, Dilma demonstrou mais apego ao poder do que ele imaginava, e passou a adotar uma gestão populista mais ampla ainda do que a dele, criando vários programas assistencialistas de denominações bizarras, como ‘carinhoso’. Certamente está ainda faltando ‘mimoso’, ‘dengoso’ e ‘choroso’, para fechar o firo eleitoreiro em 2013, com vista a 2014. Talvez surja o ‘cheiroso’, a bolsa de perfumaria para os excluídos.

Em segundo lugar, Lula nem pensava que para se fazer a ‘maezona dos pobres’, no melhor estilo Evita Peron, Dilma tiraria o caviar dos milionários para agradar à pobreza, reeditando o ‘pão e circo’ romano, com a drástica redução dos juros em quase 50% e a diminuição da conta de energia em 16%. O corte nos juros distribui favores financeiros no país inteiro, e o alivio nas contas de energia favorece ao povão. Mas, por que o governo petista de 10 anos deixou que o sistema financeiro abusasse tanto e o setor elétrico assaltasse a economia popular com aumentos extorsivos autorizados pelo próprio governo?

O MENSALÃO SOCIAL E O NORDESTE

A surpresa de Lula com Dilma é porque esses setores arrecadavam fábulas e faziam fortunas miliardárias mas abarrotavam os cofres políticos do PT. Dilma, ressabiada com o mensalão e monitorada de perto pela imprensa livre do país que derrubou sete ministros podres no princípio de seu governo, criou um mensalão diretamente para os pobres, em forma de bolsa-tudo, provavelmente o maior e mais abrangente programa social eleitoral do mundo, ganhando até mesmo para os pactos assistenciais bolivarianos de Hugo Chaves, feitos a capricho para sustentarem um regime de ditadura democrática.

Claro que ainda falta a Dilma criar o ‘feira de mainha’, um alimentoduto que sairia do Tesouro diretamente à casa dos famintos, que são muitos no Brasil entre os que não têm emprego, os que não querem emprego, os subempregados e os ociosos profissionais.

A maior parte desses programas é bancada pelo Tesouro. Ou seja, está pontualmente custeada pelos que produzem e pagam os impostos no Brasil.

É bom saber que a pobreza do país está ficando menor por causa desse assistencialismo de fundo eleitoreiro. É melhor do que a corrupção assambarcar esses recursos e fazer a felicidade dos grandes grupos e gangs que assaltam há anos o Tesouro brasileiro em conluio com a elite política dirigente. Mas o risco de tudo não dar certo persiste, porque a economia do Brasil dar sinais de cansaço e crise e poderá arrastar o país para o abismo, inclusive a popularidade de Lula e seu clone feminino.

Há outra coisinha perigosa e incômoda a nós nordestinos: o que é que tem essa mulher que pelo menos em nome de Lula não olha para o Nordeste em tempos de seca perversa e desalento de seu povo? Já será medo e ciúmes de Eduardo Campos, o novo rei de Pernambuco, Paraíba e adjacências?

Este artigo integrará o futuro livro:

‘PREVISÕES POLÍTICAS DE UM VIDENTE CEGO’

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