POLÊMICA

Após repercussão nacional, pastora Renálida repudia ‘ataques’ e diz sofrer discriminação de gênero: "investida machista contra uma mulher"

A pastora Renálida emitiu uma nota repudiando veementemente as reportagens veiculadas na última semana sobre sua pessoa e sua atuação religiosa. A pastora, que vive em João Pessoa, alega estar sendo alvo de discriminação, a qual teve início com uma matéria publicada no site UOL na última quarta-feira (24). Segundo a nota redigida pela religiosa com o suporte de sua equipe jurídica, essa discriminação seria uma tentativa pejorativa de diminuí-la, por ser uma mulher de origem marginalizada no contexto do capitalismo nacional, que conseguiu alcançar uma posição que muitos desfrutam desde o nascimento.

Renálida Limase também aponta que as referências a eventuais procedimentos estéticos aos quais ela possa ter se submetido, as críticas à sua vestimenta e à maneira como se apresenta são manifestações de preconceito, uma vez que tais críticas não seriam direcionadas a pastores do sexo masculino. A religiosa se defende afirmando que nunca foi observada uma perseguição tão intensa a pastores homens brancos e cisgêneros, especialmente aqueles do centro do capital brasileiro, que são aclamados e eleitos como representantes populares.

Leia a nota da pastora

Com o auxílio de assessoria jurídica, a Pastora Renállida vem a público rebater todas as difamações das quais tem sido vítima ao longo dos últimos anos, em especial matéria publicada no site da UOL na data de 24 de janeiro de 2024. A visibilidade nacional que possui, devido ao perfil teológico e benéfico em tantas vidas, mistura-se a uma campanha pejorativa para diminuí-la, por ser uma mulher de origem à margem do capitalismo nacional e que alcançou uma vida que muitos desfrutam desde o nascimento. Críticas à imagem, às roupas que usa e aos procedimentos que já realizou são pautadas nos pilares de uma sociedade patriarcal que busca desprestigiar e silenciar mulheres em posição de destaque. Afinal, nunca se observou tamanha perseguição a pastores homens brancos e cisgêneros do centro do capital brasileiro; estes são ovacionados e eleitos representantes populares. As alcunhas com que se referem à pastora por si só demonstram o grau de discriminação. São termos que ferem qualquer pessoa, utilizados de modo a ridicularizá-la. As mulheres, ao longo da história do patriarcado, são taxadas por adjetivos baseados em julgamentos levianos para atacar a honra e imagem, a fim de menosprezá-las socialmente e retirá-las de posições de destaque. A Pastora Renállida, como qualquer influenciador digital, recebe presentes ao fazer publicidades em campanhas de marketing, seja de produtos ou de serviços lícitos, inexistindo qualquer impedimento em relação ao seu exercício sacerdotal ou relação hierárquica com demais vertentes protestantes. Ser acusada de traição é apenas mais um exemplo de que a sociedade especula e culpa mulheres por separações. Ocorre que a pastora nunca manteve relação extraconjugal. Sempre respeitou o ex-esposo e, sendo divorciada, por óbvio, dispõe do direito de recomeçar a vida sentimental ao lado do parceiro que julgar adequado. Por ser uma pessoa pública, o falatório especulativo sobre uma possível traição advinda da parte dela é mais uma investida machista contra uma mulher/mãe que enfrentou um processo judicial, como tantas outras no Brasil que sofrem diariamente a via crucis de custear processos judiciais e as despesas dos filhos quando se tornam mães sem apoio financeiro dos ex-companheiros. Explorar publicamente questões de direito de família que tramitaram em segredo de justiça é agir de má fé e com crueldade. Salienta-se que não cabe a ninguém tecer comentários sobre a responsabilização pelo fim de sociedade conjugal, devendo ser combatida a exposição da vida particular alheia em meios digitais com intuito de auferir benefício econômico e engajamento nas redes. Para concluir, reitera-se o combate às fakes news tendo em vista o mal ocasionado e repercussões negativas à saúde das pessoas envolvidas.

João Pessoa-PB, 25 de janeiro de 2024.

Atenciosamente, Pastora Renálida

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba