Analista político diz que depois da proibição da propaganda institucional imagem de RC piorou

lucioflavio

O analista político e professor universitário Lúcio Flávio analisou a corrida pela sucessão presidencial, estadual e o cenário político paraibano, na tarde de hoje (09.09), durante participação no programa “Debate sem Censura” da rádio Sanhauá.

Lúcio Flávio analisou a campanha do governador Ricardo Coutinho e a rejeição apresentada pelo candidato do PSB nas pesquisas divulgadas no Estado. Lúcio previu desafio da equipe de campanha de Ricardo para tentar reverter a má avaliação do governador diante do eleitorado.

O professor disse que enquanto a justiça eleitoral permitia a exibição de propaganda institucional do governo, Ricardo estava numa situação mais confortável: “Nas tvs, no horário nobre, havia uma enxurrada de propagandas que enalteciam as ações do governo. Mas acabou a permissão para veicular propagandas e o governante não acompanhou a imagem passada pelo governo”, disse.

Lúcio assegurou que a imagem de Ricardo Coutinho é pouco afável e está associada a falta de diálogo: “A imagem dele é que não tem tempo para tapinha nas costas, é avesso ao abraço, avesso ao diálogo. Resta saber se esse estilo é bem visto pelo eleitorado”, explicou.

O professor disse que no guia eleitoral as informações repassadas, em geral, são fictícias e lamentou que parte da população acredite no que assistem ou ouvem no rádios: “O guia eleitoral é uma ficção, é uma novela, o cenário é fictício e o discurso também. Os candidatos estão serenos, bem penteados e criam uma imagem ilusória totalmente diferente da realidade. Só que no dia a dia não é assim, as pessoas estão com medo na Paraíba, são assaltadas na porta de casa e, se não foram assaltadas, conhecem alguém que foi assaltado. Mas na propaganda temos a Paraíba dos sonhos. A pena é que existe um percentual do eleitorado despolitizado que acredita nas ilusões do guia”, pontuou.

Para Lúcio, haverá segundo turno na disputa presidencial como também na Paraíba. O analista disse que, pela tradição, o candidato que atinge um percentual de votos maior no primeiro turno, vence no segundo turno: “A última virada que houve na Paraíba foi em 1990, quando em primeiro lugar estava Lúcia Braga que foi vencida por Ronaldo Cunha Lima de virada. Então, há vinte anos quem vence no primeiro, vence no segundo”.

Na visão de Lúcio Flávio, a tendência natural é que a candidata do PSB à Presidência da República tenha decréscimo nas pesquisas: “Marina tem discurso do anti político, mas agora que o foco está nela, as pessoas veem que Marina é cheia de contradições. É pura, mas recebeu mais de um milhão em doações no Senado. É pura, mas estava no jatinho alugado de maneira irregular. E a tendência é que mais denúncias ocorram até o dia da eleição”, disse.

A cristalização da campanha de José Maranhão para o Senado, para Lúcio, é uma tendência que vem se confirmando em todo o Estado: “Hoje, Maranhão chegou a um patamar quase inatacável, então, será difícil sua derrota”, concluiu.

Polêmica Paraíba