Partidos torram R$ 2,36 bi
O primeiro diz respeito ao financiamento de partidos políticos através do Fundo Partidário, composto com recursos advindos dos impostos pagos pelo cidadão brasileiro.
Nos últimos 10 anos, os partidos políticos nacionais receberam e torraram nada menos do que R$ 2,36 bilhões.
Pior, nesse contexto, é a revelação de que 11 partidos nanicos, que não participaram das eleições de 2010, portanto, sem representação alguma, embolsaram R$ 30,5 milhões nos últimos dois anos.
É justo que a sociedade pague, com tão expressivos valores, esses partidos políticos que existem no cenário nacional e que se alimentam ainda da venda de tempo de televisão, de cargos públicos e da corrupção?
Violência injustificada
Outro número que chama a atenção é o que diz respeito aos índices de homicídios na cidade de São Paulo. A imprensa paulista registra uma queda de 20,8% nos assassinatos no mês de agosto. Registra ainda quedas seguidas nos últimos cinco meses. Em números absolutos, até agosto teriam sido assassinadas 784 pessoas na cidade de São Paulo.
O insólito é a comparação. A Secretaria de Segurança da Paraíba não divulga números de homicídio desde abril, quando registrou uma queda de pouco mais de 4 pontos nos índices. Em termos absolutos, até abril, tinham sido assassinadas 260 pessoas no Estado. Depois houve um acréscimo e a Secretaria de Segurança parou de divulgar.
Faça-se um esforço de generosidade e imagine-se que a taxa tenha sido a mesma ou apenas um pouquinho maior nos quatro meses seguintes. Se a mesma, seriam 520 homicídios. Mas certamente cerca de 550.
A cidade de São Paulo tem 11,8 milhões de habitantes. Quase quatro vezes maior do que a do Estado da Paraíba, que tem 3,9 milhões. São Paulo registrou 784 homicídios até agosto. Na Paraíba, foram aproximadamente 550. A Paraíba é, pois, bem mais violenta. Pelo padrão de São Paulo, levando-se em consideração a população, seriam algo em torno 196 mortes nos oito meses.
Nada justifica essa violência na Paraíba.