Ana Carolina, unanimidade... Sem polêmica, sem debate

Mário Tourinho

“Tudo é do pai!”
Foi assim com todos os presentes cantando aquela canção/oração, a despedida, ontem, dos amigos e amigas pessoenses para com Ana Carolina Cardoso, que faleceu aos 26 anos, idade tão bonita quanto tão bonita era (e continuará) essa jovem mulher!

Padre José Carlos, na Capela Central da Morada da Paz, presidiu a celebração encaminhadora dessa jovem para os braços de Deus. E, como que em um santo impulso, a mãe de Ana Carolina, dona Larrúbia, encontrou forças para expressar a bela filha com quem ao longo desses ano compartilhou lutas e sobretudo vitórias. Vitórias, repetiu, isto representado pela postura e caráter, carinho, educação e respeito para com todos, características de Ana Carolina.

Dona Larrúbia teve até a força de dizer: “Esta pessoa tão santa, tão carinhosa que me destes, Senhor, eu Te a devolvo!” . Nesse instante, o padre José Carlos iniciou e todos os presentes seguram-no num cântico “Tudo é do Pai/ Toda honra e toda glória/ É dele a vitória/ Alcançada em minha vida”

Ao lado do corpo de Ana Carolina, também estava seu pai, radialista e jornalista Gutemberg Cardoso, ouvindo as palavras de dona Larrúbia e, no olhar, com os olhos sem conter tantas lágrimas, fazia a confirmação de o quanto foi, é e continuará bela essa filha tão querida, que encheu de tantas felicidades esses pais.

“Deus escreve certo por linhas tortas”. Aquelas linhas, correspondentes ao cenário que vivemos na Capela Central da Morada da Paz, pareceram um dizer de Deus de o quanto precisamos, como cristãos, mantemo-nos unidos, uns solidários aos outros, na construção da fraternidade.

E ali, naquele ambiente, só havia unanimidade de o quanto foi santa, marcante, a passagem dessa jovem mulher, Ana Carolina, entre nós. Ela, Ana Carolina, era (aliás, foi) na voz dos tantos que lá se encontravam, uma unanimidade por tudo o que viveu e aqui compartilhou. Nisto, não houve nem há polêmica, tanto quanto não houve, não há debate. Logo, o “sem polêmica” no título destes escritos aqui está, não porque o programa radiofônico “Polêmica Paraíba”, de segunda à sexta-feiras comandado por Gutemberg Cardoso, não tena ido ao ar nesta sexta-feira em demonstração de luto pela morte de Ana Carolina. Não!

O “sem polêmica” do título destes escritos aqui está porque, nessa tamanha tristeza pelo prematuro falecimento de Ana Carolina, ficou patente a boniteza da real solidariedade da classe radialista/jornalística de João Pessoa, porquanto integrantes do programa  radiofônico concorrente “Correio Debate” ali também estiveram, solidários, fortes e sentimentalmente abraçando Gutemberg cardoso, como foram os abraços de Heron Cid e Walter Galvão.

Somos eu e minha esposa Ana, pais de três filhos (Márcio, Marcelo e Mariana). No instante em que vemos, com tanta lástima, pais devolverem um de seus filhos como o caso dessa jovem mulher Ana Carolina, ao Pai de todos nós, nosso Senhor, ficamos a imaginar o quanto tanto precisamos mesmo apegarmo-nos  a Deus para sustentarmo-nos em situação como essa. E imaginamos quanto maior força Gutemberg e Larrúbia precisam de Deus (força que virá e haverá) para o doa de hoje, este sábado 29 de novembro, em que se despedem na terra natal, Cajazeiras, da filha Ana Carolina! Que Deus os abençoe e lhes propicie luz e força para suportarem a nova vida… sem Ana Carolina!