A antropóloga e escritora Lilia Schwarcz utilizou seu perfil no Instagram, na tarde desta terça-feira, 20, para comentar a repercussão do discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na França. Segundo ela, “durante as férias, na França, são vendidos uma série de almanaques, com passatempos e cruzadinhas e, neste ano, foi lançada uma versão chamada ‘Le cahier de vacances de Manu’, (O caderno de férias de Manu) com uma atividade que consiste em descobrir quem teria falado”determinadas frases.
O material desafia o leitor a responder se as frases citadas foram escritas por “uma pessoa filiado ao Partido Nazista ou o presidente do Brasil?”. Vamos às frases: ‘O erro da ditadura foi torturar sem matar’, ‘Eu não te violarei (com sentido de estuprar) porque você não merece’, ‘eu seria incapaz de amar um filho homossexual’, ‘essa história de Estado Laico não existe. O Estado é cristão’, ‘eles não fazem nada. Eles não servem nem para a reprodução!’, ‘Se você deseja a simpatia das massas, você deve lhes dizer as coisas mais estúpidas e mais cruas’.
Lilia continuou falando sobre o tema e disse que apenas a última frase foi dita por um integrante do Partido Nazista, “de autoria de um nazista alemão, Goebbels, que foi chefe da área de propaganda do partido e depois do governo nazista”. Ela afirma, para quem ainda tem dúvidas, “todas as demais são da lavra de nosso chefe de estado. Se você duvida que seja verdade (como eu a princípio duvidei) amplie a imagem e confirme”, complementou.
“Bela imagem que temos feito no exterior! Triste de um país que tem no Executivo um presidente que sofre de incontinência verbal”, arrematou a historiadora.